sábado, 10 de março de 2012

“Onde foi que nós erramos?”

Seria cômico se não fosse trágico… Afinal, descontando os exageros da piada, encontraremos um fundo de verdade em cada situação! Ou não?

Entre 1959 e 2012.

Menino-Bravo

Cena 1: Luiz, de sacanagem, quebra o farol de um carro, no seu bairro.

Ano 1959:
Seu pai tira a cinta e lhe aplica umas sonoras bordoadas no traseiro. A Luiz nem lhe passa pela cabeça fazer outra nova "cagada"; cresce normalmente, vai à universidade e se transforma num profissional de sucesso.

Ano 2012:
Prendem o pai de Luiz por maus tratos. O condenam a cinco anos de reclusão e, por quinze anos deve abster-se de ver seu filho. Sem o guia de uma figura paterna, Luiz se volta para a droga, vira delinquente e fica preso num presídio especial para adolescentes.

chorando

Cena 2: José cai enquanto corria no pátio do colégio, machuca o joelho. Sua professora Maria o encontra chorando e o abraça para confortá-lo...

Ano 1959: Rapidamente, João se sente melhor e continua brincando.

Ano 2012:
A professora Maria é acusada de não cuidar das crianças. José passa cinco anos em terapia pelo susto e seus pais processam o colégio por danos psicológicos e a professora por negligência, ganhando os dois juízos. Maria renuncia à docência, entra em aguda depressão e se suicida...

envergonhado

Cena 3: Disciplina escolar.

Ano 1959:
Fazíamos bagunça na classe... O professor nos dava uma boa bronca e nos encaminhava para a direção; chegando em casa, nosso velho nos castigava sem piedade e no resto da semana não incomodávamos mais ninguém.

Ano 2012:
Fazemos bagunça na classe. O professor nos pede desculpas por repreender-nos e fica com a culpa por fazê-lo. Nosso velho vai até o colégio dar queixa do professor e para consolá-lo compra uma moto para o filhinho.

enjoado

Cena 4: Horário de Verão.

Ano 1959:
Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. Nada acontece.

Ano 2012:
Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. A gente sofre transtornos de sono, depressão, falta de apetite, nas mulheres aparece até celulite.

alegre

Cena 5: Fim das férias.

Ano 1959:
Depois de passar férias com toda a família enfiados num Gordini ou Fusca, é hora de voltar após quinze dias de sol na praia. No dia seguinte se trabalha e tudo bem.

Ano 2012:
Depois de voltar de Cancun, numa viagem 'all inclusive', terminam as férias e a gente sofre da síndrome do abandono, "panic attack", seborréia, e ainda precisa de mais quinze dias de readaptação!

doente

Cena 6: Saúde.

Ano 1959:
Quando ficávamos doentes, íamos ao INPS aguardávamos duas horas para
sermos atendidos, não pagávamos nada, tomávamos os remédios e melhorávamos.

Ano 2012:
Pagamos uma fortuna por plano de saúde. Quando fazemos uma distensão muscular, conseguimos uma consulta VIP para daqui a três meses, o médico ortopedista vê uma pintinha no nosso nariz, acha que é câncer, nos indica um amigo dermatologista que pede uma biópsia, e nos indica um amigo oftalmologista porque acha que temos uma deficiência visual. Fazemos quimioterapia, usamos óculos e depois de dois anos e mais quinze consultas, melhoramos da distensão muscular.

menino alegre

Cena 7: Trabalho.

Ano 1959:
O funcionário era pego fazendo cera (à toa). Tomava uma regada do chefe, ficava com vergonha e ia trabalhar.

Ano 2012:
O funcionário pego "desestressando" é abordado gentilmente pelo chefe que pergunta se ele está passando bem. O funcionário acusa-o de bullying e assédio moral, processa a empresa que toma uma multa, o funcionário é indenizado e o chefe é demitido.

Menino-Assustado

Cena 8: Assédio.

Ano 1959:
A colega gostosona recebe uma cantada de Ricardo. Ela reclama, faz charminho, mas fica envaidecida, saem para jantar, namoram e se casam.

Ano 2012:
Ricardo admira as pernas da colega gostosona, quando ela nem está olhando. Ela o processa por assédio sexual. Ele é condenado a prestar serviços comunitários. Ela recebe indenização, terapia e proteção paga pelo estado... e fica solteirona.

Pergunta-se:
Em que momento foi, entre 1959 e 2012, que nós erramos?

(Autor Desconhecido)

5 comentários:

  1. Eu ver um pai espancar uma criança com cinta é o que consideraria um bosta.
    O restante do texto não deixa de fazer sentido, principalmente o "saúde".

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  2. volta pro passado, então

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  3. acima: funcionário preguiçoso DETECTED

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  4. É isso ai Christian. Um camarada com esse nome em 1959, ou era Cantor (a) sertanejo ou traveco.

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  5. A merda se chama "Direitos Humanos" que distorce tudo e d amargem para as pessoas se usarem de má fé sempre que fazem alguma besteira. Hoje em dia se tornou mais importantes termos os "direitos" do que sermos "humanos".

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