(Imagem: Reprodução)
Depois de um dia pesado, rezando pra chegar logo e entrar em casa, resolvo dar uma passadinha primeiro, no armário de correspondência dos apartamentos, na portaria do meu prédio.
Carta não tinha nenhuma, nem de cobrança, por milagre, mas saí de lá acompanhada: uma baratona pegou carona nas costas da minha blusa!
Eu achei que tinha visto algo. Me sacudi aflita. Nada aconteceu. Pensei que tinha sido só impressão. Subi os poucos degraus até o meu apartamento. Entrei. Mas a sensação de que algo estava errado ainda me dominava…
Fui na área de serviço. Passei pela cozinha. Entre na sala e aí… A barata resolveu andar pelo meu braço! Que horror!
Peguei a primeira coisa que achei pela frente e taquei nela, ou seja, em mim mesma! Era uma calcinha que estava no alto da pilha de roupas para passar… Calcinha e barata foram para o chão. Felizmente cada uma para um lado.
Matei a barata com tanta raiva que até me admirei!
Mas a “condenação à morte” veio como resultado da sua audácia em desafiar-me e aproveitar-se da minha fragilidade e cansaço ao final de um longo dia tenso de trabalho…
No fundo, no fundo mesmo, a pobre barata pagou o pato.