segunda-feira, 28 de maio de 2018

Vida louca

pálpebras

Minhas pálpebras estão tremendo. Mau sinal. Conheço o sintoma: cansaço máximo. Pelo menos, comigo é assim. Um alerta que preciso descansar, com urgência! Meu combustível está no fim.

Acúmulo de responsabilidades. Prazos a cumprir. Desajustes. Desavenças. Críticas injustas. Outras justas, porém difíceis de corrigir. Excesso de trabalho. Trabalho de Conclusão de Curso. Tarefas (infindáveis) domésticas… Qual ser humano que aguenta?

Estresse à vista.

Falta paciência. Sobra vontade de ficar quieta no meu canto. Parada dura!

O consolo é saber que tudo passa. Pálpebras, um dia, hão de relaxar. Assim como eu inteira.

Está faltando um colo nessa vida louca. Colo que acolhe, silencioso, que nada cobra, que nada espera, que não pressiona. Seria muito bom…

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Reflexões de uma pedagoga

educadores(Imagem: Reprodução)

Tenho medo de tornar-me uma velhota enjoada, daquelas que reclamam de tudo. Juro que tenho tentado evitar tal futuro quase certo, mas a situação atual está levando-me à loucura! Trabalhar dando conta do trabalho dos outros é um dos mais ingratos dos ofícios! Pois é esse o principal viés da função de pedagoga.

Saudades eu tenho de ser professora regente... Planejava a aula e a executava do melhor jeito possível. Dava certo. Era gratificante. Da porta pra dentro da sala de aula eu respondia e a coisa andava. Os alunos aprendiam. E eu aprendia com eles e ia aperfeiçoando-me como profissional. Era motivador!

Mas, como pedagoga, o leque é mais abrangente. Dou conta do que se passa em muitas salas de aula, envolvendo muitos alunos, suas especificidades, suas famílias, seus professores, os especializados, a equipe gestora, a assessoria da Secretaria de Educação e muito mais… Enfim, todo o processo envolvido. Na escola, todos procuram a pedagoga que, por ofício, precisa necessariamente saber… de tudo! Ou, pelo menos, é o que se espera. Vida difícil essa.

Fico pensando se as pessoas se dão conta dessa conta. Cobrar é fácil. Exigir qualidade da escola é dever. Mas concentrar toda a cobrança em uma única profissional é injusto. Afinal, tudo em uma escola é pedagógico!

O especialista em Educação não é o “Todo Poderoso”. Existem demandas que não são da sua alçada. É preciso separar as coisas. Há competências da direção, da coordenação, do próprio professor, da família, do aluno. Ser aquele que delega, que distribui, que orienta, que lidera, que faz, que realiza, que dá conta, que prevê, que planeja, que mensura… é para os fortes! Para as fortes!

Ontem, 20 de maio, foi o Dia do Pedagogo. Recebi muitos parabéns e mensagens de carinho. Mas o que eu gostaria mesmo era de ter o trabalho reconhecido e compartilhado igualmente entre todos os agentes do processo.

Considero a educação tal como uma corrente, resistente, onde todos os educadores são seus elos formadores, igualmente responsáveis pelo ensino ofertado. Juntos somos fortes e podemos mais, sem sobrecarregar ninguém. Essa corrente movimentaria uma bicicleta que, pedalada pelo aluno, protagonista do seu processo de aprendizagem, o levaria pelo mundo do conhecimento.

Educadores mostram o caminho. Fornecem as ferramentas necessárias. Cabendo aos alunos, o trilharem com autonomia. A direção é o futuro que, na prática, para eles, já começou. E o plano dessa viagem está nas mãos dos pedagogos.

Parabéns para nós! Desejo muita saúde e garra, porque a tarefa é árdua, mas de extrema importância.

pedagogos(Créditos na imagem)

(E você? Cumprimentou os pedagogos da escola do seu filho? Ainda está em tempo…)

domingo, 20 de maio de 2018

domingo, 6 de maio de 2018

Um “show” bem na hora da janta…

show_dos_famosos_helga_0605_2_fixed_large(Imagem: Reprodução Globo/Uol)

Vocês que assistem TV, me ajudem.

Eu queria entender se o Show dos Famosos pretende homenagear grandes artistas ou fazer piadas com eles… Não que eu costume acompanhar o quadro, nem, muito menos, tenha o hábito de assistir ao programa. Mas, hoje, no horário da janta, achei de ligar a televisão, justo da hora que passava o tal show…

Gostei da apresentação do tal ator Silvero Pereira, caracterizado de Gal Costa, cantando “Festa do Interior”. A voz dele, em substituição à da verdadeira, foi-me mais aprazível! Mais grave. Gosto mais. Homem cantando Gal. E aí Cláudia Raia, a jurada, justamente por isso, tece-lhe críticas… Vai entender!

Sandra de Sá mascarada de Aretha Franklin arrasou na performance! Irreconhecível. Eu bem que a preferiria caracterizada, sem a máscara. Mas ela foi fantástica na apresentação. Comedida nos gestos, soltando o vozeirão, parecendo mesmo outra pessoa. Surpreendeu-me.

A seguir, o pior da noite: a interpretação caricata de uma tal de Helga Nemeczyk, que deveria ser uma homenagem a Ana Carolina. Embora tenham caprichado na caracterização, a apresentação foi sofrível.

Eu que sou fã da cantora, fiquei envergonhada. Tudo exagerado. Ana não é assim… E quando a atriz acabou de cantar, fez uma série de piadas infames com a "machização" de Ana Carolina. Cláudia Raia embarcou na dela. Atrizes sem noção! Brincadeiras têm limites! Como bem disse meu amigo João Porto, “lésbicas não são uma projeção escrota do macho”.

E o tal quadro do programa encerrou-se com Paulo Ricardo interpretando Dinho, do Mamonas Assassinas, e sua brasília amarela. Ele esforçou-se… Louvável pelo esforço. E só. Porém quando se trata dos Mamonas Assassinas é sempre muita emoção envolvida. Valeu só para a gente lembrar-se daqueles meninos levados e talentosos que nos deixaram tão cedo…

De tudo isso, aprendi uma coisa: jantar somente com a TV desligada. Muito melhor pra saúde. Certos programas podem causar indigestão.

Boa semana, galera.

terça-feira, 1 de maio de 2018

Aos trabalhadores, no seu dia

professores

Hoje é o Dia do Trabalho. E a maioria dos trabalhadores comemora com folga, aproveitando o feriado! Mas o 1º de maio é dia para reflexão.

O trabalhador brasileiro anda mal amparado. Salários congelados. Sindicatos enfraquecidos (e pouco representativos). Leis trabalhistas injustas, retrocedendo nas conquistas historicamente obtidas. Saúde pública doente. Planos de Saúde cada vez mais inacessíveis. Aposentadoria, direito cada vez mais distante. Desvalorização social... Andamos mesmo mal!

Trabalhamos muito, merecemos muito, recebemos muito pouco em contrapartida.

Não bastam palavras bonitas de um “presidente”, no horário nobre da TV. Não consolam. Nem exaltam. Faltam ações de políticas públicas reais. Faltam leis que façam a diferença, no reconhecimento de cada categoria profissional. Porque todas são igualmente importantes nas suas diferenças!

Parabéns, trabalhadores e trabalhadoras brasileiras! De mim, que sei o mérito da força do seu trabalho na construção deste país, o meu agradecimento.

Em especial, aos trabalhadores e trabalhadoras da Educação, colegas, que constroem os alicerces de todas as demais profissões, o meu carinhoso abraço.