quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Na água morna.

Quando a água morna me banha por inteiro, sinto que cessam todas as dores e o corpo amolece. Tudo passa a ser possível. Esquenta o sangue e refresca a alma. Me sinto capaz de dominar o mundo.


Quando estou coberta por água morna, percebo que há muito de belo na transparência do azul. Os movimentos tornam-se suaves, porém intensos. E o que se faz tende a ser bem feito.


Quando os pés escorregam pelos ladrilhos submersos, confesso que me considero capaz de caminhar por todo o mundo. Sou capaz de realizar façanhas. Inclusive me encontrar se estiver perdida.


Quando os braços e pernas se movem, sem impacto, na água morna, é desta forma que posso voar. E voo sem limites por terras nunca antes navegadas dentro de mim mesma. Uma sensação boa. Um reencontro. Passa ser proibido qualquer sentimento ruim.


Movimentos delicados. Movimentos fortes. Acelerados. Ritmados. Aeróbicos. Espontâneos. Combinados. Coordenados. Livres. É permitido suar… e muito! Virar sereia... 


A água morna é responsável pelas mudanças que queremos viver. Já comecei. Aula de hidroginástica. 

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