quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Andar de moto.

moto no Rio

Não sei o que acontece comigo... Quando tinha dezenove anos, andei de moto pela primeira vez e detestei. Achei que meus cabelos jamais se desembaraçariam e minhas pernas jamais se uniriam novamente. Também a coluna demoraria um século para ficar ereta de novo. Que besteirada! Naquela vez eu fui de Jacarepaguá até a Tijuca, passando pelo Alto da Boa Vista. Concordo que o caminho era muito longo e perigoso. Cheio de curvas estreitas, subidas e descidas. Enfim, foi uma experiência horrorosa.

Depois de se passarem muitos e muitos e muitos anos daquele dia, andei de moto pela segunda vez. Também no Rio de Janeiro. Mas agora a experiência foi muito diferente. Eu simplesmente adorei a aventura! Não que o percurso fosse mais fácil, menos irregular, menos curvilíneo. Nada disso. Andei pelo trânsito carioca, a centímetros de carros e ônibus, procurando sempre uma brechinha entre os veículos para melhor se posicionar... 

Esclareço que das duas vezes estive na carona. Não sei nem ligar uma motocicleta, quanto mais pilotá-la! Andei do jeito de quem entrega a alma... Seja o que Deus quiser! Subi, desci, curvei, freei.... Senti o vento, os cheiros, o mundo! Andar de moto é espetacular! Adrenalina pura. Precisei fechar os olhos algumas vezes. O medo me vencia. Mas logo os abria e o game continuava. Acredito que a confiança no piloto e sua experiência faz toda a diferença. Talvez!

A verdade é que com a idade mais avançada, a gente passa a ter a consciência de que a vida é muito curta e temos mais é que aproveitá-la! Temos muito menos jabuticabas pra chupar... É preciso saboreá-las vagarosamente. É preciso se permitir. Ousar. Se aventurar: usar o capacete e ir em frente. Nada de loucuras. Mas aventuras! O bom da vida é ser feliz.

Quero andar de moto pela terceira vez!

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