domingo, 9 de janeiro de 2011

Discutir a relação?

“O mais importante não é encontrar a pessoa certa,

e sim ser a pessoa certa.”

Quantas vezes a gente tentou encontrar um par que fosse assim bem parecido com a gente? Difícil, não é? O que somos depende de uma carga genética própria associada com nossas experiências pessoais. Em outras palavras, somos o resultado daquilo com que nascemos, moldado pela vida que tivemos e levamos. Como querer encontrar alguém igualzinho a nós? Nem o nosso irmão gêmeo, se o tivéssemos.

Minha irmã tem muito a ver comigo. Nosso jeito de ser, nossos gostos, modo de falar, nível de escolaridade... Tem gente que diz que parecemos gêmeas (um exagero, na minha opinião). Mas o fato é que temos, também, muitas diferenças no modo de ser e na maneira de levar a vida. As pessoas são assim. Nossa mãe, nosso pai, irmãos, amigos, conhecidos: ninguém é igual a ninguém. Podemos ter afinidades. Podemos gostar de coisas parecidas. Podemos ter passado por situações semelhantes. Ter até um temperamento similar. Mas igualzinho mesmo, jamais!

Que coisa difícil encontrar um parceiro parecido com a gente! Parece que em matéria de amor, a coisa fica mais complicada. Ou será que nós que somos mais exigentes? Afinal, será a pessoa com quem dividiremos nossas intimidades, nossos segredos, o nosso melhor.

A verdade é que devemos sim buscar afinidades, mas nunca esperarmos do ser amado reações que nós teríamos. Infelizmente, tendemos a cobrá-lo nesse sentido: - “Ah, eu teria respondido o torpedo, no celular! Ah, eu teria ligado em seguida! Ah, eu teria mandado flores e um lindo cartão! Ah, eu teria dito “eu te amo” muitas vezes mais…” Será que teria mesmo?

Antes de cobrar do ser amado, pense nas suas ações antes de pensar nas reações. O que você tem feito? Será que falar tantas e tantas vezes “eu te amo” combina com o que você anda pensando de verdade? O ser amado é imperfeito (você também). Foi criado por uma mulher que não foi a sua mãe. Viveu numa outra casa. Passou por outras experiências diferentes da sua. Talvez tenha tido mimos demais. Ou de menos. Aprendeu a gostar de samba. Ou a detestar a dança. Estudou. Ou não. A verdade é que o amor tende a nos tornar íntimos de alguém que acabamos de conhecer ou de entrar para a nossa história. E isso tudo não pode ser apagado ou não levado em conta. Conta sim e muito.

Então o que faremos? As três palavras chaves são: paciência, respeito e compreensão. Se você exercitá-las nesta sua relação, tudo vai ser mais fácil e menos dolorido, especialmente para você, que cobra demais.
Um pouco de humildade também é importante, afinal quem garante que você esteja sempre certa(o) e a reação mais apropriada é a que você daria? Lembre-se de Sócrates que na sua grande sabedoria já dizia: “Quanto mais sei, sei que nada sei”. Aproveite e coloque isso na sua vida. Ah, e mais uma coisinha, nada de ficar propondo discutir a relação. Isso acontece naturalmente. Forçar a barra para conversas como essa é furada, com certeza. Dificilmente a DR levará ao resultado que você espera. O segredo está numa convivência pacífica, respeitosa e mutuamente harmoniosa. E isso é construído com o tempo, na convivência. Vá “ensinando” aos poucos o que é importante para você, especialmente através de suas próprias ações.

Paixão é fogo. Mas é o amor que aquece. Viva as diferenças! Ter alguém igualzinho a nós, do nosso lado seria muito chato!

Um comentário:

Os comentários são de responsabilidade única dos seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião do blog.