sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Saber perder é uma arte.

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Se tem uma coisa muito feia é o tal “choro do perdedor”! Bota a culpa no tempo, na falta de treino, no juiz, nas condições do campo, na falta de dinheiro, na pedrinha dentro do sapato, em qualquer coisa que possa amenizar a sua dor. Afinal a frustração é sempre grande, quando se é vencido! Triste...

Desculpas esfarrapadas. Todo mundo, no fundo, sabe as verdadeiras razões do insucesso. Se enganar para quê?

A gente pode até fingir que acredita. A gente pode até fingir que compreende. No fundo, temos pena! Normalmente, o caso é de dar dó.

No futebol, a coisa é meio sádica mesmo. Se maltrata o perdedor e o prazer é enorme. No domingo próximo, a situação é inversa. Por isso mesmo, não tem problema. A vítima de hoje é o algoz do próximo jogo. E ao perdedor cabem as desculpas e o choro. Coitada da mãe do juiz, sempre é ela que paga a maior parte do pato!

Também nas eleições para o cargo de diretor, o drama também se repete. Tem gente que não se conforma e… lá vem o “choro do perdedor”! Cada desculpa! Mais digno seria se conformar com a derrota e tocar a vida à diante. Afinal é de Educação que estamos falando!

Há três anos atrás, quando fui candidata e também perdi, sofri muito. Amava demais a escola, tinha certeza que seria a melhor opção como gestora para ela. Foi um duro golpe, não ter sido a escolhida. Mas ao sair o resultado, imediatamente, no dia seguinte, tratei de escrever uma carta para a comunidade escolar, reconhecendo a vitória do meu oponente e me colocando inteiramente à sua disposição para, juntos, realizarmos o melhor trabalho possível, em prol da minha escola adorada e da qualidade da educação ofertada por ela.

Acredito que é assim que se faz! Sem choro e sem lamentações, que não são nada construtivas. Maturidade na derrota mostra preparo para as próximas empreitadas. Se não tem, está provando que mereceu mesmo estar fora. Concorda comigo?

un mal perdedor

Como não ser um mau perdedor

“É difícil manter o respeito por alguém que não consegue aceitar com dignidade a derrota – e isso ocorre desde a partida de videogame entre dois irmãos, até o resultado das mais intensas disputas nacionais e internacionais.

Saber evitar este tipo de comportamento pode ser um sinal de maturidade, e costuma-se dizer que é mais importante saber como agir na derrota do que na vitória – pode-se errar em ambos os casos, mas a derrota é um obstáculo maior.

Para ajudar a identificar as atitudes de mau perdedor e assim facilitar combatê-las, eis as 5 principais atitudes do mau perdedor:

  • Inventar mil desculpas – a típica desculpa de um mau perdedor começa com “ah, mas”. Pode ser algo como “ah, mas a outra equipe tinha muito mais recursos e apoio”, ou “ah, mas deixaram a final para um feriadão e a torcida não estava lá para apoiar o nosso time”. O que elas tem em comum é que procuram “culpar” as circunstâncias, ou fazer parecer injusta a superioridade demonstrada pelo adversário.
  • Menosprezar a vitória alheia – a súbita mudança de opinião sobre o valor da disputa é um sintoma claro do mau perdedor. Embora seja positivo compreender e comunicar que a recente derrota não impedirá vitórias futuras, isso não pode ter a lamentável conotação de “nem queríamos ganhar mesmo”, como quando o derrotado que disputou até o final um campeonato estadual passa a dizer que está mesmo preocupado com o campeonato nacional, tentando assim (geralmente sem sucesso) desvalorizar a vitória do oponente.
  • Mudar de ideia sobre a validade da disputa – as regras e condições da disputa são conhecidas desde o princípio, e foram aceitas ao longo de todo o certame. Por que criticá-las só ao final e após não ter sido o vencedor? Se elas não tiverem sido cumpridas, a atitude correta é recorrer, e aí sim divulgar a providência tomada. Simplesmente criticar o que anteriormente foi aceito é o típico “choro do perdedor”.
  • Culpar as circunstâncias – se as circunstâncias não desrespeitaram a regra que foi aceita, elas são parte da disputa, e todos os participantes terão estado expostos à possibilidade delas. A forma como as competências, habilidades e atitudes de cada oponente são usadas para fazer frente às circunstâncias que a eles se apresentem fazem a diferença. Vale lamentar que alguma circunstância tenha afetado de modo desproporcional o seu lado na disputa, mas não usar isso para implicar que o lado vencedor não mereceu sua vitória – afinal, se choveu forte e o adversário foi o melhor na pista por causa disso, o mérito de aproveitar melhor a circunstância é dele.
  • Desrespeitar o adversário – talvez o grau mais baixo da escala dos comportamentos de maus perdedores, quem pratica a atitude de desvalorizar o vencedor muitas vezes nem percebe a consequência lógica: se o adversário vencedor era mesmo tão ruim assim, que dizer de quem perdeu dele?

Atitude vencedora

É preciso força de caráter para o derrotado conseguir cumprimentar publicamente o adversário pela vitória, e manter um comportamento honroso nos momentos subsequentes à decisão de um certame.

Nada disso deve ser confundido com derrotismo – pelo contrário, a atitude vencedora pode ser demonstrada tanto na vitória quanto na derrota, e poucas demonstrações públicas são tão lamentáveis quanto a do derrotado que demonstra ser mau perdedor.

De uma derrota, além do exemplo de atitude e do mérito de ter disputado de forma honrada, pode-se adquirir conhecimento sobre seus próprios pontos fracos, bem como sobre quais as condições das quais o adversário conseguiu tirar melhor proveito – e usar isto a seu favor na próxima disputa.

Nada disso muda a realidade de que a derrota pode ser bastante dolorosa, e que ser exposto à comemoração da vitória do adversário prolonga a emoção indesejada. Raramente é interessante começar imediatamente a fase de análise e planejamento do próximo certame: dar um tempo para si mesmo, recolher-se e evitar cair nas eventuais provocações de maus vencedores permitirá alcançar o necessário grau de objetividade para buscar um melhor resultado na próxima vez!” (http://www.efetividade.net)

Vencedor-x-Perdedor

2 comentários:

  1. Ui, que como diria a música: assim você me mata! Direta e reta! Clara e objetiva como sempre!

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  2. Sábias palavras... Como sempre.

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