Sou devoradora de doces! Sofro de gordice emocional sentimental.
Você nunca ouviu falar neste termo. Foi o melhor nome que encontrei para batizar o mal que me aflige. Não existe em nenhum dicionário médico. Nem tente procurar no Google. Um legítimo neologismo conceitual (se é que isso também existe!).
Meu mal seria bem simples… Gordice emocional: como alimentos saborosos na tentativa de encontrar prazer. Não fumo, não bebo, nem uso drogas ilícitas. Quando me vejo profundamente ansiosa, triste, contrariada: quero doces! E vou atrás… Me sinto melhor.
Entretanto, pela minha história, as coisas se tornam um pouquinho mais complexas, porque ainda existe um componente sentimental a ser considerado nesse processo.
Minha avó era boleira e doceira. E os melhores momentos da minha vida foram passados em meio aos seus doces e bolos… Não há como dissociar as doces lembranças dessa época dos doces e bolos reais! Portanto, comê-los também remete-me aqueles bons tempos! E isso é muito complicado.
Talvez ainda haja solução para o meu problema, pois eu tenho a clara visão do que acontece comigo. A questão é: como encontrar a saída? Como superar?
Não sei até que ponto a minha identidade está misturada com os doces. Repare o nome que escolhi para o meu blog… Conscientemente, eu poderia afirmar que foi o jeito que arranjei para homenagear a minha avó, mas, inconscientemente, vai saber!
A verdade é que um terapeuta poderia, com certeza, ajudar-me. Mas ainda não decidi solicitá-lo. À princípio, contento-me em compartilhar minhas ideias com vocês. Sei que não estou sozinha.
Porém, mais duro do que o problema em si, é a cobrança que a sociedade faz do seu corpo com formas perfeitas… Se engordamos um pouquinho, alguém está pronto para nos apontar o deslize! A saúde não é mais importante do que a estética.
E se você tem as formas mais arredondadas… boa sorte! Vai precisar…
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