(Foto: Folha Vitória)
Em meio ao corre-corre, para aproveitar o tempo útil do horário de almoço, deparei-me com uma cena singela, bem no meio da calçada: uma jovem mulher abraçava um menino, de seus treze, quatorze anos, com apenas um dos braços. Não reparei se o outro estava ocupado, segurando sacolas ou apenas tombado sobre o corpo.
O que me comoveu foi a postura do rapazinho, todo encolhido, naquele abraço, um tanto de lado, mas não menos aconchegante…
Fiquei pensando se abraço de um braço só seria um meio abraço… Logo percebi que não! É abraço legítimo, com direito a emoção sincera e afago na alma… Havia laço naquele abraço!
Não tenho a menor ideia quem eram aquelas pessoas, no meio de uma calçada, no meio da correria, de uma hora de almoço qualquer, de um bairro comercial e movimentado. Só sei que ver aquele abraço, me fez muito bem! Gestos fraternos estão tão escassos ultimamente!
De repente, um abraço convencional não caberia naquele contexto… Aquela mulher, que abraçou o menino, escolhera o abraço certo: de um braço só!
Nos infinitos segundos, que ele demorou, testemunhei um ser humano recobrando as forças. Aliás, dois. Aliás, três.
Para a correria da hora do almoço, foi perfeito.
E, isto, aconteceu de verdade. Hoje. E eu queria contar para vocês…
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