(Foto: Instituto La Fontaine, Belo Horizonte, MG)
Há uns dois meses estou trabalhando o tema Copa do Mundo com o meu 3º ano. Tema rico, instigante, envolvente. Dar aula de brasilidade, em todas as áreas do conhecimento: que gostosura! Alfabetizar a partir do que está escrito no nosso coração verde e amarelo… muito eficaz!
E então vieram as férias, com o Brasil nas oitavas de final.
A sala de aula entrou em recesso ainda enfeitada com bandeirinhas, jornal mural da Copa, desenhos e outras atividades artísticas e culturais relacionadas ao tema, pelas paredes. E as crianças levaram consigo seus sonhos e esperanças de retornarem hexacampeãs.
Segunda-feira retornaremos às aulas. E agora, José? Difícil ensinar esta lição: que viver às vezes dói.
Que nem sempre nossos planos dão certo, muitos deles já sabem. São sofridos. Mas refletir sobre o que aconteceu com a Seleção Brasileira, nos últimos dois jogos, é demais até para mim… Como explicar o inexplicável?Preciso de um plano B, para encaminhar a reflexão que, com certeza, irá acontecer, assim que nos reencontrarmos.
Pensei em falar que vencer ou perder faz parte do jogo e o que vale é competir, mas soaria como um jargão irônico, neste caso. Acredito que vou enfatizar mesmo é como somos todos falíveis, como a nossa humanidade nos torna frágeis e pequenos e, por isso, precisamos ser mais humildes nas nossas ações e na nossa vida! Treinar mais, se empenhar mais, se dedicar mais, focar mais, buscar o equilíbrio (emocional) sempre.
E vou concluir que a Copa do Mundo, no Brasil, foi um grande sucesso. Um orgulho para todos os brasileiros. Os turistas vieram em massa, assistiram aos jogos, gostaram do que viram e foram muito bem recebidos pelos anfitriões. De certa forma, compensou a tristeza com o futebol irreconhecível apresentado pela Seleção Brasileira.
Acho que está bom. Em seguida, mudo de assunto. São crianças. Um dia vão entender. Ou não.
Outras Copas virão. Eles terão tempo.
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