O ventre que gerou não foi o dele. Doou aquela pequena parte de si e mais nada. Mas ele resolveu ficar. Cuidar. Assistir. Acompanhar de perto, a vida brotar naquele outro ventre…
Decidiu ser pai.
E a vida brotou. Sementes que geraram um fruto vivo, que respira e chora! Recebeu então o nome de filho. Ou filha. Como eu.
Para ser pai precisa ser homem. De verdade. Responsável pelo que cativou. Digno. Inteiro.
Para ser pai é preciso estar presente na vida do filho. Ainda que seja pela presença de um nó no lençol ou de outro jeito de estar, mesmo não estando: mensagem, telefonema, e-mail, redes sociais, fotografia… Tantos!
Meu pai esteve comigo até quando pode. Pena que pode por tão pouco! Saiu de cena cedo, com trinta e um anos, e foi morar no céu. Deixou uma grande ausência: faltou-me o seu abraço acolhedor, pela vida a fora.
Se eu pudesse, neste Dia dos Pais, o presente seria meu. Eu só queria receber o seu abraço. Sentir o seu calor, o seu cheiro, a textura da sua pele e, principalmente, saber que ele estaria ali, comigo, para o que desse e viesse… Tenho certeza, que seria o presente que ele também desejaria.
Se você tem pai – presente – na sua vida, só está faltando o abraço! Faça isso hoje. Rápido. Urgente. Porque o mundo não para… E, absolutamente, ninguém sabe o que virá no minuto seguinte. Aproveite o tempo de agora.
Feliz Dia dos Pais!
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