segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Digas o que postas que te direi quem és… (2)

  psicose da internet

Nada mais revelador do que o que postamos nas redes sociais. Tão óbvio, quanto intenso! Indisfarçável.

Qualquer texto, que produzimos ou compartilhamos, carrega nas entrelinhas a sua principal mensagem: o que pensamos da vida – quais são os nossos valores, conceitos e preconceitos! É principalmente lá, que expressamos o nosso caráter. E as nossas verdades

Quando compartilhamos uma determinada figura ou fotografia falamos do que vai na nossa cabeça e no nosso coração. Especialmente, se colocamos um comentário para explicá-la, retificá-la, ratificá-la. Sem perceber – e isso é inconsciente - nos tornamos claros como água, para os bons entendedores! 

Mensagens no Facebook e no Twitter, entre outros tantos sites similares, são públicas, ainda que a nossa intensão não seja esta. Não há segurança nem nos grupos restritos. Não temos controle sobre o alcance do que publicamos. Basta que compartilhem... E não temos como prever a exata dimensão da sua extensão, com números precisos, mas é necessário que tenhamos a clareza que a coisa vai longe... E traz consequências!

Empresas pesquisam, nessas redes, os perfis dos candidatos a seus cargos. Professores conhecem melhor os seus alunos (e vice-versa). Mulheres e parceiros(as), muitas vezes, colocam em risco o relacionamento. Gente preconceituosa, de mal com a vida, reacionários ou cheios de más intenções também frequentam essas redes e estão sempre de plantão, prontas para dar o bote. É preciso, mesmo, ter cuidado!

Tem gente que tem o dom de estragar o nosso dia, com alguma mensagem infeliz. Quem olha sempre a lama, a espalha por onde pisa... Precisamos, então, ter dois cuidados principais: evitar esse tipo de “amigos” e pensar duas vezes antes do que iremos compartilhar!

Evitar gente negativa é mais fácil. É só encontrar o item “desfazer a amizade” e clicar nele. Se for preciso, usar o “bloqueio”. Difícil mesmo é cuidar do que dizemos. Mas é possível.

Avaliar friamente: Ofende alguém? Espalha mal estar? Enfatiza comportamento preconceituoso? Condiz com o meu papel na sociedade? Com a minha família? Com a minha profissão? Com o que esperam de mim?

A verdade é que, mesmo sendo tão óbvio, ainda tem gente que compra brigas desnecessárias, expõe pensamentos arcaicos e duvidosos, provoca, sufoca e, depois, não dá mais para voltar atrás...

Falar do óbvio, às vezes, é necessário. Insistir também.

Fiz a minha parte. De novo.

facebook-curtidas

(Dedicado a todos os “amigos” que precisei deletar do meu Face e da minha vida!)

Um comentário:

  1. Gostei muito das dicas, Denise! às vezes deixamos aflorar alguém que não somos nós nas redes sociais e esquecemos o principal: nossos princípios. Ótima reflexão esse texto me trouxe, muito obrigada!!! E que possamos sempre compartilhar o que realmente somos e pensamos, para além de modismos...

    Abraços!

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