domingo, 3 de novembro de 2013

Vó, eu sei que vou te amar…

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“…Mesmo quem já morreu
Quem você nem conheceu
Nos segue pois nós somos um
Na alegria ou na dor
Nossa força é o amor
É só ver para crer
Somos um
Todos nós somos um…”

Dora,

Hoje você faria cem anos. Partiu cedo demais…

Passei boa parte da minha vida ao seu lado, mas muito menos do que eu gostaria. Do que seria necessário…

Já escrevi antes, algumas vezes, para você e sobre você. Não é segredo para ninguém que você foi e é o meu modelo de mãe e mulher. Com você aprendi a ser gente, mas, principalmente, aprendi que, para ser gente, é preciso saber amar. E você me ensinou direitinho esta lição.

Eu não lembro a primeira, mas a última vez que nos vimos, nos falamos pelo olhar. Seus olhos verdes de gata olharam-me tão profundamente que conservo esta imagem até hoje, com a mesma intensidade. Foi a nossa despedida. Apenas um olhar… E disse tudo. Era um olhar de adeus!

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Três de novembro: há trinta anos lhe dei de presente um bisneto. Eternizei assim, nesta data, um dia de festa.

Para celebrar a tristeza da sua falta, dedicarei-lhe uma canção. Ela falará, por mim, deste grande amor que nos une e que nunca terá fim: nesta e nas próximas vidas…

Estamos ligadas para sempre. E sempre. E sempre. E sempre. Eternamente.

Eu sei que vou te amar
Vinicius de Moraes

Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida, eu vou te amar
Em cada despedida, eu vou te amar
Desesperadamente
Eu sei que vou te amar

E cada verso meu será
Pra te dizer
Que eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida

Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua, eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta tua ausência me causou

Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
À espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida

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