terça-feira, 5 de novembro de 2013

Quando chega o fim

cortinas ao vento

E aí a gente perde o rebolado. A brincadeira mudou e a gente nem percebeu! Trocaram as regras do jogo, no meio da partida… Uma incapacidade de reação se reflete nos olhos vidrados. Uma alta dose de desapontamento lançada nas veias.

Frustração perante o inesperado.

De repente, a surpresa que não desejávamos. E um gosto amargo resseca nossos lábios, congela qualquer movimento.

E ele repete. Sorri sem graça. Diz que ninguém tem culpa, mas que é o fim.

O choro entala na garganta. Não escorre pelo rosto. Emudece, como todo o rosto. Nada se move, a não ser a cortina, soprada pela brisa do final da tarde.

Dentro da bolsa, uma infinidade de inutilidades. Agora, nada parece ter valor. O secador, a escova de dentes, o pente, a muda de roupa. Tudo preparado para ir. E nem percebemos quando saíram do armário…

E a porta se abre e se fecha, com um baque surdo. Nem as cortinas balançam mais. A casa toda emudece. Apenas uma figura, quase humana, que tomba, em soluços, pelo chão.

Acabou.

Diz que não é assim?

e o pra sempre sempre acaba

Pois é…

(Bem lembrado, Regina Helena. Muito bem lembrado!!!)

3 comentários:

  1. ... ♪ MAS NADA VAI CONSEGUIR MUDAR O QUE FICOU...♪

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    Respostas
    1. ...Quando penso em alguém só penso em você...
      Já melhorei o post, com a sua mãozinha. Adorei a lembrança.

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