Todo mundo já pensou, pelo menos uma vez na vida, em se vingar. Principalmente quando somos humilhados, maltratados, escorraçados, violentados, o primeiro pensamento é este: vingança! Queremos dar o troco.
Vingança é o pensamento resultante da cabeça quente, nervos à flor da pele! É humano. Compreensível, até. Mas o tempo passa e os sentimentos mudam. Temos mecanismos psicológicos para “digerirmos” o que passou. A vida segue. Esquecemos e seguimos com ela.
Dizem que vingança é um prato que se come frio. Possível. Mas eu questiono essas pessoas que conseguem levar a cabo sua empreitada! Por que fazem isso? Como conseguem continuar com os mesmos pensamentos intempestivos tempos depois?
Só mesmo a história de vida de quem se vinga é capaz de determinar o porquê dessa ação. Talvez pelo acúmulo de humilhações e outros sofrimentos ruins, é que elas realmente conseguem concretizar seu intento. Mas aí eu pergunto: valeu a pena? Gerou a satisfação esperada?
O vingativo equipara-se ao seu algoz. É diferente da reação com sangue quente, no calor do momento, que pode ser entendida como legítima defesa. Mas passado tempo, em outra circunstância, premeditadamente, não! A intenção de reproduzir no outro o que, um dia, sentiu, perde o sentido e esvazia-se! Perde o encanto…
Melhor a gente ligar o “dane-se” e entregar à justiça divina. Com certeza, esta não falhará. A idade nos dá a experiência necessária para constatar que existe mesmo a tal “Lei do Retorno”! Aqui se faz, aqui se paga, sem que precisamos mover uma palha para isso…
As novelas e filmes estão cheias de mal exemplos. Personagens vingativos que passam a ideia que os fins justificam os meios. Que a sua dor pode determinar a dor em outras pessoas! Até em inocentes… Não é verdade! Precisamos de melhores exemplos.
Necessitamos de gente que perdoe mais. O perdão é a alternativa para a vingança. Provavelmente, mais difícil de se dar, mas o mais benéfico.
O perdão enobrece. Constrói. Edifica. Ilumina.
Não queiramos nos igualar a quem nos faz mal. Estamos além. Se não for possível perdoar, afastemo-nos. Manter uma distância segura, também faz bem. Temos uma vida para viver e aprender com ela. Façamos dos infortúnios, degraus para o nosso aprimoramento como seres humanos.
É possível.
Afinal, a melhor vingança é o esquecimento…
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