domingo, 15 de novembro de 2015

A dor de todos nós

Rio Doce(Foto: Reprodução)

Em meio a esse turbilhão de emoções e de opiniões, compartilho o texto da professora Marisa Valadares, com o qual me identifico:

“Não há como comparar amor, nem dor. Cada tragédia é uma tragédia. Não importa se ceifa uma vida ou um monte delas: é ruim fazer acontecer, deixar acontecer ou ser indiferente à morte. Por isso, nossa sensibilidade precisa ser especial para esses acontecimentos.

Não se nega a dor de Paris, mas é impossível fingir que não se vê a dor de Minas Gerais e do Espírito Santo. A mídia tem razões que só a mídia explica para que a bandeira de França seja hasteada nos rostos - ironia, a do Espírito Santo é rosa, azul e branca...pálida ou suave? batida ou tímida? - e todo o contexto ambiental (social e natural) não seja fundo de imagem, nem frente de batalha...

O Rio Doce, o mar, a vegetação, a terra, as plantações, as vilas, as cidades, as famílias, as dores, as esperanças, as vidas que se tornam mais difíceis e aquelas que se foram rendem homenagem aos mortos de Paris, de quaisquer nacionalidades, aos mortos de tantas outras tensões que não nos chegam aos olhos e ao ouvidos.

Façamos isso: que a gente vista o vermelho da indignação contra injustiça, violência e irresponsabilidade, o rosa da suavidade no trato com a vida, o azul do infinito amor e o branco da paz.”

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