domingo, 22 de novembro de 2015

Minha nova cadeira velha

cadeira1

Encontrei uma cadeira velhinha na lixeira do prédio vizinho.

Estava paradinha, tímida, solitária, ao lado da grande lata de lixo. Parecia assustada. Talvez ainda não entendesse como fora parar ali fora… Devia estar há tantos anos num canto, largada, em algum quarto de entulhos. Foi esta a impressão que tive, ao me deparar com a pobre!

Foi amor à primeira vista.

Eu estava apressada. Horário corrido, das primeiras horas da manhã. Mas não pensei duas vezes. Passei a mão naquele objeto valioso e retornei para casa, a passos largos. Depositei-a num canto da sala e segui meu caminho.

Somente à noite, pude avaliar melhor a minha aquisição.

Foi amor à segunda vista. E à terceira… Como alguém pode jogá-la fora?

Não sou boa avaliadora de antiguidades, mas ela é do tempo em que se fabricavam coisas para durarem. Madeira mesmo. Nada de aglomerados. O verniz já gasto e bastante suja mas, fora isso, muito bem conservada.

A primeira coisa que fiz foi dar uma boa limpeza e passar uma boa camada de óleo de peroba legítimo. Depois, arranjei um cantinho para ela, em lugar de destaque na sala.

Gosto de coisas antigas. Sei reconhecer o seu valor.

A cadeira é simples, humilde e pequena. Mas, para mim, é linda. E agora é minha. Passou a ter valor inestimável.

Obrigada, vizinho.

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