Tem um jeito bastante cruel da gente saber que o tempo está passando e que não terá volta… Através das pessoas queridas que vamos perdendo pelo caminho!
Hoje foi mais um destes dias tristes. Tia Dora encerrou seu tempo entre nós, bem cedinho, antes do sol nascer.
Tia Dora não nasceu com esse nome. Dora era apelido. Diminutivo talvez. Tinha um nome comprido, que eu nem sei direito qual era. Mas foi assim que eu a chamava, e foi assim que ela foi uma tia muito amada e muito importante na minha vida…
Tia Dora era simples, como o seu olhar e o seu sorriso. E era doce. Bondosa. Tinha por hábito ver o melhor lado de cada pessoa.
Eu me sentia muito bem perto dela. Sabia que entre nós havia cumplicidade. Sabia que ela havia conhecido e amado muito meu pai, Luiz, desde pequeno. E tinha sofrido muito com sua abrupta partida… Tia Dora era daquelas que gostava de contar histórias gostosas do passado. E, em muitas delas, o personagem principal era ele, o meu pai. Como não gostar de ouvir?
Atualmente, morávamos distante, mas sempre que podíamos, íamos visitá-la. De qualquer forma, o seu lugar estará para sempre reservado no meu coração, aliás, como sempre esteve…
E apenas mais uma constatação: o tempo está passando muito rápido para mim…
“Ficou a lembrança de uma tia carinhosa, que sempre queria agradar e que gostava de nos elogiar. Sempre tinha uma lembrança antiga pra contar. Vai com Deus, tia.” – Simone Pazito.
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