Tenho certeza que você já ouviu e até cantarolou os versos “Amigo é coisa para se guardar debaixo de sete chaves, dentro do coração…” Sem dúvida, um grande sucesso na voz de Milton Nascimento!
Mas o que você talvez não saiba é que a Canção da América foi composta por Milton em parceria com outro grande compositor mineiro, Fernando Brant, que partiu desta vida há três dias, deixando de luto a música popular brasileira.
Fernando Brant foi autor de muitos outros grandes sucessos. Só com Milton Nascimento, foram mais de duzentos, em parceria. Entre eles, Travessia, que ganhou o segundo lugar no II Festival Internacional da Canção do Rio de Janeiro.
Fernando se foi, mas um dia a gente vai se encontrar… Por enquanto, a gente chora, ao ver nosso amigo partir. É a vida. Fortes somos, mas não tem jeito, hoje temos que chorar…
Ô saudade que vai doer o peito!
(Dedicado a Fauster Aguiar, compositor mineiro, vizinho e amigo de Brant e muito amigo meu.)
Canção Da América
Composição: Fernando Brant / Milton Nascimento
Amigo é coisa para se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção que na América ouvi
Mas quem cantava chorou
Ao ver o seu amigo partir
Mas quem ficou, no pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou
E quem voou, no pensamento ficou
Com a lembrança que o outro cantou
Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam "não"
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir
A voz que vem do coração
Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto
A te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar
Travessia
Composição: Fernando Brant / Milton Nascimento
Quando você foi embora fez-se noite em meu viver
Forte eu sou, mas não tem jeito
Hoje eu tenho que chorar
Minha casa não é minha e nem é meu este lugar
Estou só e não resisto, muito tenho pra falar
Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedra, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar
Vou seguindo pela vida me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte, tenho muito o que viver
Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver
Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedra, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar
Vou seguindo pela vida me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte, tenho muito o que viver
Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver
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