De todos os contos de fadas, sempre considerei “A Bela Adormecida” como o mais chatinho, confesso. Uma história entre o Bem e o Mal, meio sem conteúdo. Sonolenta, se me permitirem a ironia.
E então… eis que surge o filme “Malévola” (Maleficent), uma produção da Walt Disney Pictures, dirigido por Robert Stromberg, a partir de um roteiro escrito por Linda Woolverton, com Angelina Jolie (magérrima!), no papel principal, recontando a história, a partir de um novo ponto de vista! Adorei.
A história ficou mais humanizada e atraente. Venceu-se a dicotomia tão comum presente nesse tipo de histórias infantis: aquela em que dividem-se os personagens em dois lados opostos: os que são totalmente bons e os que são totalmente maus. E quem é assim, na vida real?
Talvez as crianças gostem menos do filme do que os adultos. Em especial, as mulheres. O filme foi feito para elas. Nos identificamos!
Muitas tomadas são escuras e sombrias. Ora são compensadas com excesso de luz e efeitos especiais. Mas a história segura as imperfeições estéticas.
Angelina Jolie está fabulosa. Diz com o olhar, como ninguém! Rouba todas as cenas. Ao contrário do que tenho visto, nos últimos filmes que assisti, ela não precisa de texto para dar o seu recado. Uma expressão facial e pronto!
Seu fiel ajudante, o corvo de Sam Riley, também está muito bem. Formam uma boa dupla. Realmente, são os destaques.
A releitura das três boas fadinhas está hilária, sendo fundamental para o desenrolar da história.
Sei que algumas pessoas rejeitarão o fato da personagem principal ter chifres. Dificilmente dessas pessoas, Malévola conseguirá alguma simpatia. Ainda mais chamando-se assim… Já estou até imaginando os discursos que sei que vou ler, nas redes sociais… (Mas, acreditem, infelizmente, chifres são colocados até nas melhores famílias! Fazer o quê, não é?)
Saí do cinema satisfeita, como não havia acontecido nos últimos tempos.
Recomendo.
A história:
“Baseado no conto da Bela Adormecida, o filme conta a história de Malévola (Angelina Jolie), a protetora do reino dos Moors. Desde pequena, esta garota com chifres e asas mantém a paz entre dois reinos diferentes, até se apaixonar pelo garoto Stefan. Os dois iniciam um romance, mas Stefan tem a ambição de se tornar líder do reino vizinho, e abandona Malévola para conquistar seus planos. A garota torna-se uma mulher vingativa e amarga, que decide amaldiçoar a filha recém-nascida de Stefan, Aurora. Aos poucos, no entanto, Malévola começa a desenvolver sentimentos de amizade em relação à jovem e pura Aurora.” (Adorocinema)
Desde que conheci Harry Potter e seu mundo mágico, mudei alguns de meus valores… Livros e filmes são armas potentes no combate a todo tipo de preconceito.
Viva a cultura!
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