E sempre que o telefone toca é assim. O coração dispara, adrenalina pura nas veias.
Então vem ela: sua voz. Meio rouca, meio sensual, um tanto grave, outro tanto inocente. Viva! E fala para mim tudo que quero e preciso ouvir. Um deleite!
Sua voz é seu retrato sonoro fiel. Sem tirar, nem por.
Amo sua voz, e nem poderia ser diferente…
E você fala, quase sussurra e eu viajo. Aquela voz, a sua, é um convite ao prazer. Voz de volúpia! Sua voz.
Então me perco pelas semânticas e todas as sintaxes. Perco todos os significados. E todas as orações ficam descoordenadas. Me torno subordinada.
- Hum? – Volto a mim - Repete, por favor!
E aí você ri. Quase entende… Respira. E placidamente fala mais uma vez. E eu me perco novamente naquele turbilhão de sons maviosos!
Ouvir você falar me leva à loucura, ganho asas! Sua voz que é tão minha!
E mais: o seu jeito próprio de dizer, suas pausas, inflexões, respiração, entonação, sotaque… O movimento da língua rosada, o entreabrir dos lábios… O tom perfeito…
Para tudo! Preciso telefonar para você!
Já.
Um dia ainda faço você cantar para mim…
E quando nunca se ouviu a voz e , ficamos aflitos imaginando se ela é grave ou aguda , se o tom é alto ou baixo mas , mesmo assim , conseguimos conviver surdos e felizes por fotos e imagens de quem admiramos , basta sentir .
ResponderExcluirGrande beijo Denise .