quinta-feira, 11 de abril de 2013

Sua voz

no telefone

E sempre que o telefone toca é assim. O coração dispara, adrenalina pura nas veias.

Então vem ela: sua voz. Meio rouca, meio sensual, um tanto grave, outro tanto inocente. Viva! E fala para mim tudo que quero e preciso ouvir. Um deleite!

Sua voz é seu retrato sonoro fiel. Sem tirar, nem por.

Amo sua voz, e nem poderia ser diferente…

E você fala, quase sussurra e eu viajo. Aquela voz, a sua, é um convite ao prazer. Voz de volúpia! Sua voz.

Então me perco pelas semânticas e todas as sintaxes. Perco todos os significados. E todas as orações ficam descoordenadas. Me torno subordinada.

- Hum? – Volto a mim - Repete, por favor!

E aí você ri. Quase entende… Respira. E placidamente fala mais uma vez. E eu me perco novamente naquele turbilhão de sons maviosos!

Ouvir você falar me leva à loucura, ganho asas! Sua voz que é tão minha!

E mais: o seu jeito próprio de dizer, suas pausas, inflexões, respiração, entonação, sotaque… O movimento da língua rosada, o entreabrir dos lábios… O tom perfeito…

Para tudo! Preciso telefonar para você!

Já.

Um dia ainda faço você cantar para mim…

pensando

Um comentário:

  1. E quando nunca se ouviu a voz e , ficamos aflitos imaginando se ela é grave ou aguda , se o tom é alto ou baixo mas , mesmo assim , conseguimos conviver surdos e felizes por fotos e imagens de quem admiramos , basta sentir .
    Grande beijo Denise .

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