Não há lugar no mundo como a casa da gente.
Pode ser silenciosa ou barulhenta. Pode ser grande ou pequenininha. Pode ser chique ou bem modesta. De alvenaria ou de pau.
A casa da gente é um pouco a gente mesmo. Tem o nosso jeito de dizer da vida. Nossos valores, nossos defeitos, nosso padrão econômico está tudo lá.
Eu amo minha casa, mesmo achando-a grande demais. Dá trabalho para limpar e manter tudo em ordem. Cada dia é uma novidade para consertar, por no lugar; arruma aqui, quebra ali. Toda casa de gente é assim. Casa que se usa. Casa que tem vida.
E a gente vai olhando para as paredes e fazendo planos de pintura. Vai lavar a louça e encontra alguma coisa para pensar. Meus pensamentos mais criativos me povoam na cozinha ou durante a faxina. Vai entender…
Meu quarto é de solteiro. Cama de macanaíba. Rígida, sem rangido algum. E bonecas e bichos de pelúcia aos montes. Tudo meu tem o meu jeito. Na entrada do quarto, um pequeno altar, que me faz a proteção necessária. Meus santos não me falham!
A sala bem vazia denuncia que falta dinheiro para os móveis. Mas, mesmo assim, dá para o gasto. Recebo os amigos.
Hoje achei minha casa silenciosa demais. Tudo muito parado. O som da playlist Kboing dá o tom do dia nublado. Tempo fechado com ventania forte. Encheu de espaço este meu ninho. Está faltando algo em mim…
Mas na proteção da minha casa e na companhia de vocês, aconchego-me. Acredito que brevemente tudo deverá mudar. Para melhor.
Meu nome é docesperança! Dias melhores sempre virão.
Mas a casa da gente melhor não há.
Todos os dias, o melhor lugar do mundo!
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