Amigo de gregos. Amigo de troianos.

Quando a gente tem muitos amigos, essas coisas nos acontecem. Somos amigos dos “gregos” e também somos amigos dos “troianos”. Em outras palavras, somos amigos daqueles que não se bicam e vivem as turras. Uma situação delicada e que nos exige um certo esforço para não fazer a ponte, mesmo que sem querer, do disse-me-disse!

Ser amigo de ambas as partes pode ser desconfortável, pois precisamos ouvir (porque ouvir o amigo, sempre, faz parte!) o que nem sempre concordamos e até nos aborrece... Delicadíssimo!

Você gosta do Fulano e também gosta do Beltrano, que se detestam!

O que fazer então?

Em primeiro lugar, deixe clara a sua situação. Assuma que é amigo dos dois e que não pode, e não quer, tomar partido. O conflito entre ambas as partes não lhe diz respeito e você gostaria que isso fosse respeitado. Fale do sentimento que tem por uma pessoa e pela outra e peça que entendam que isso não vai mudar, só porque elas duas não se dão bem! Acredito que se isso ficar claro, seus amigos vão deixá-lo fora da história.

No mais é só ter cuidado para não ser um leva-e-trás involuntário e só aumentar o problema. Quem sabe você não pode se tornar o elo apaziguador ?

É uma questão de jeito. De trabalhar nas entrelinhas! De mostrar as qualidades de A e de B... Mas nunca tente minimizar o conflito diretamente, pois pode ser mal interpretado e parecer que você está tomando partido de um deles. O segredo é ser, o máximo possível, imparcial e ter essa mesma postura com um e com outro.

Como sou uma pessoa razoavelmente popular, isso já me ocorreu algumas vezes. Entretanto, felizmente, tenho conseguido lidar com a situação. Nos relacionamentos interpessoais o conflito sempre está presente.

Uma pena.