Se a gente ama, sente falta. Se amou e perdeu, sofre mais. Saudade que surge de repente…
Existem infinitas formas de amar. Eu já experimentei algumas. Mas o grande amor de toda a minha vida tem nome de mulher: Dora. Era minha avó. E hoje, não sei por que, a saudade bateu forte.
Domingo. Dia inteiro em casa. Pensamentos livres. Tantas lembranças! É grande a falta que ela me faz…
Parece que posso sentir o calor do seu abraço e o cheiro da sua roupa. Minha avó cheirava ao perfume do talco. Tinha os cabelos prateados, curtos, finos e cacheados. Aqueles olhos claros me olhavam a alma!
Era meu porto seguro. A base de todas as construções que edifiquei. Foi mãe carinhosa, melhor amiga, companheira e cúmplice.
Filha de italianos, minha avó não poderia ser mais brasileira. Flamenguista e salgueirense. Apaixonada por samba e futebol, gostava de música, cinema, teatro, shows e viagens. Fizemos muitos programas juntas. Não teria melhor companhia! Era animada e descolada. Se adaptava fácil a qualquer situação imprevista.
Aprendi a ser guerreira com ela, a ser mãe. Aprendi o que sei, estimulada por ela. A melhor avó que alguém poderia ter.
E é por isso que tanto dói…
Minha Doce Dora!
E se hoje eu sou Doce, a culpa é só dela!
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