Onde fica o coração da escola?
Tenho um palpite. À luz das minhas verdades, afirmo, sem sombra de dúvida, que ele bate no meio dos livros. Dentro deles está o saber ao alcance de todas as mãos, faça chuva ou faça sol ou qualquer outra intempérie; o conhecimento e o lirismo, que encantam e dão sentido à vida, podem ser sensivelmente explorados!
Sou parcial, não se enganem. Gosto de palavras.
Salas de aula e outros espaços funcionam como cabeça e membros desse corpo que é a escola, e do qual todos os brasileiros deveriam fazer parte.
Mas o coração que determina o pulsar de vida, que entrelaça tudo e todos, com o jorro do seu sangue quente, fica na biblioteca escolar!
Livros guardam tesouros. Em cada um deles, uma parte do que já foi descoberto, inventado, sonhado e desejado. Ideias para serem debatidas, questionadas, comprovadas. Histórias para serem recontadas, reinventadas, imaginadas. Mundos novos. Velhos mundos. Terras passadas. Tempos futuros. Gente. Bichos. Fadas e bruxas. Lugares distantes. Desconhecidos. Canções. Poemas. Conhecimento.
E tudo isso ao alcance de nossas mãos e à disposição de nossos olhos. Ler e se lambuzar de prazer! Porque ler é bom…
Ah, santa biblioteca! Em que mãos está? Quem lhe cuida? Quem abre suas portas? Quem convida para entrar?
Nesta função deveriam estar os mais sonhadores. Os mais carismáticos. Os melhores anfitriões. Os melhores.
Bibliotecários também são responsáveis por criar e desenvolver a paixão por ler, em outra pessoa. Todo leitor, devorador de livros, um dia, precisou ser iniciado, conquistado, seduzido. Será que estão cumprindo este principal papel?
Todas as ordens alfabéticas, numerações e ordenações, embora necessárias, não podem definir o que se faz dentro de um coração... Nele existe vida e, com certeza, não cabe em estantes. É vida que transborda.
Eu devoraria todos os livros, ainda que estivessem espalhados pelo chão. Afinal, estariam mais perto das minhas mãos pequenas.
Na Escola Municipal Noel Rosa, em Vila Isabel/RJ, uma bibliotecária especial, um dia, me chamou para freqüentar o coração daquele lugar. Eu fui. Me encantei. Me apaixonei. E mudei para lá. Passaram-se muitos anos e eu nunca esqueci nem dos livros, nem da Tia Marisa.
Todas as histórias que li e que me leram, agora fazem parte de mim.
Vamos deixar o coração bater bem forte.
Faça a sua parte, bibliotecário(a). É vida que pulsa em suas mãos.
(Por coincidência, descobri que hoje é o dia do livro didático.)
Olá,
ResponderExcluirTem blogagem coletiva. Confira!
www.democratizacaodamoda.blogspot.com
Beijos mil
Denise , vou comparar a biblioteca com o primeiro andar ,
ResponderExcluirreflexão do conto da visão do segundo andar de Platão .
Uma vez , Platão subiu no cume de um mirante para descansar
e, depois de algum tempo , percebeu crianças la embaixo no
pé do mirante , brincando de jogar bolinhas de barro , parecidas
com as bolinhas de gude de hoje e , na medida que as crianças
jogavam as bolinhas para frente , as bolinhas iam e voltavam de
repente ou , iam e mudavam seu curso para direita ou esquerda
por várias vezes ele assistiu aquilo acontecer ,ele ficou encabulado
pois , aquilo desafiava a lei da física , por que isso estava acontecendo ?
Então ele desceu lá do mirante , do segundo andar pra ser preciso e ,
foi ter com as crianças lá no primeiro andar , ele percebeu que na
medida que as crianças jogavam as bolinhas , as bolinhas seguiam
em linha reta até encontrar pelo caminho , um morrinho de barro
e , como não havia força suficiente para as bolinhas subir o morrinho ,
elas caiam para a esquerda ou direita ou , recuavam sem forças .
só que lá no cume do mirante , Platão não enxergava o morrinho ,
pois , só no primeiro andar ele descobriu a razão de tudo .
O conhecimento precisa de muita pesquisa , a biblioteca é
o mundo de informações que precisam ser descobertas mas ,
é preciso interesse do indivíduo para tal , é preciso que os mais
sábios de cultura enfatizem essa cultura e , que bom ter escolas
com corações cada vez maiores e completos pois , é lá que se
encontra o caminho de tudo simplesmente .
MUITO BOM DENISE .
Muito legal a história que você nos contou. Realmente tem tudo a ver com o post. É o conhecimento que desvela os mistérios da vida. Só mesmo buscando-o a gente consegue compreendê-lo. A escola também cumpre esse papel. E, reafirmo, o seu coração fica na biblioteca. Uma questão de vida... e de conhecer!
ResponderExcluirDesde março que eu queria fazer um comentário sobre este texto...mas acabei esquecendo...Desculpe...
ExcluirMas não podia deixar de falar que eu amei o seu texto, como seria bom se todos vissem a Biblioteca como o coração da escola, ela teria mais valor, consequentemente o bibliotecário tb teria mais valor...Suas palavras são uma linda homenagem às Bibliotecas...
Esqueci de colocar que sou eu, Gerlaine rsrsrsrs que deixei o último comentário.
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