A vida da gente já é difícil, mas acontecem coisas que poderiam ser evitadas, para torná-la, em alguns aspectos, um fardo menos pesado para carregar…
A história que vou contar aconteceu de verdade, ontem, comigo e com meu filho, num laboratório de análise clínica, da cidade, credenciado pelo nosso plano de saúde particular.
Como portador de Diabetes tipo 1, meu filho precisa realizar exames de sangue, de três em três meses, para acompanhamento do seu estado físico. No mesmo dia, ele precisa ir duas vezes ao laboratório: uma pela manhã e outra duas horas após o almoço. Não pode ir sozinho, porque, em jejum, arrisca-se a ter uma crise de hipoglicemia, devido à insulina que utiliza. Preciso acompanhá-lo. Essa situação é um tanto complicada, se levarmos em conta que trabalho o dia todo, em outro município!
Por isso, ontem, como estava em casa, ponto facultativo, achei que seria o dia ideal para levá-lo ao laboratório. Fiquei surpresa, com o fato de quase todos estarem fechados, emendando o feriado, da quinta-feira. Mas havia um aberto e nós fomos para lá, afinal, eu teria o dia livre e assim seria tudo mais fácil. Ledo engano.
Chegamos por volta das oito horas e nosso número de senha foi o dezesseis. O três estava sendo atendido. Perguntei a atendente, se havia prioridade para diabéticos, insulino-dependentes. Ela disse que não havia nenhum tipo de atendimento prioritário. Expliquei que ele não poderia ficar muito tempo em jejum, pois poderia ter uma crise de hipoglicemia. Ela me olhou contrariada e insistiu, com os olhos, que eu voltasse para o meu lugar e aguardasse.
Acontece que eram apenas duas pessoas trabalhando no laboratório: uma na recepção e outra fazendo os exames. E nada da fila andar! A moça da recepção demorava demais com cada cliente, pois todos os dados ficam na internet e muitos exames precisam ser autorizados. A outra ficava parada esperando…
Fui ficando irritada, porque foram chegando mais pessoas e a coisa não andava. Fui percebendo que as forças do meu filho estavam acabando… Voltei na recepção para tentar argumentar… Nada! Percebi que para as funcionárias, que deveriam estar trabalhando a contragosto, tanto fazia atender uma ou dez pessoas!!!
Em resumo, não pudemos esperar mais. Uma hora depois, Gustavo precisou comer e perdemos o nosso tempo em vão! Ninguém se incomodou com o nosso problema e de todas aquelas tantas pessoas, em jejum e doentes!
Acredito que se o laboratório não teria estrutura para funcionar, deveria ter ficado fechado, como todos os outros. Nos teria poupado desgaste e tempo. Agora, precisarei me ausentar do serviço para cumprir minha obrigação de mãe e ficar ao lado do meu filho. Além disso contar com a boa vontade das pessoas, para entender a situação…
Algo está muito errado. Pagamos um plano de saúde, caro, para termos acesso ao atendimento médico de boa qualidade e eficiência.
Penso que, principalmente, na Saúde, as pessoas deveriam ser prioridades. Um atendimento digno e particularizado deveria fazer a diferença. Assim a gente entende porque usuário é chamado de paciente…
Ou estou errada?
É amiga,isso é a nossa triste realidade, estamos entregues as baratas. Bjuuus Suelly.
ResponderExcluirA falta de respeito no nosso país é uma coisa deprimente...
ResponderExcluirNão temos a quem recorrer os planos de saúde não são de confiança...nunca sabemos a que temos direito, em que circunstâncias e a partir de qdo decidem que tudo será de outro modo.Consultórios, clínicas, hospitais lotados...dinheiro que temos que pagar além do plano, espera, espera e mais espera...haja esrespeito!
ResponderExcluirInfelizmente, é isso... Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come! E a gente aí no meio disso tudo...
ExcluirNo seu lugar comunicaria ao Laboratório o fato ocorrido com seu filho, para que eles tomassem ciência .Tenho certeza que eles tem interesse em melhorar o serviço. Precisamos denunciarmos e nao nos acomodarmos só assim conseguiremos vitórias.
ResponderExcluirSegui sua ideia e comuniquei ao laboratório. Aliás, também avisei no plano de saúde. O absurdo foi tão grande que ouvi muitas desculpas...
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