"Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam nas flores,
matam o cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada."
(Trecho do poema "No Caminho com Maiakóviski", de Eduardo Alves da Costa).
E é por isso que eu reajo. E falo. E escrevo. Solto o verbo! E adjetivos, substantivos, pronomes, artigos...
Nenhuma palavra há de entalar em minha garganta.
Doa a quem doer.
E se o grito for coletivo, maior será o seu alcance! Lutemos que pelo que acreditamos. Juntos.
(Imagem: Reprodução)
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