Descobri que sou daquelas que alimentam o “papo” sobre qualquer assunto. Conversar comigo é tarefa fácil. Flui. Sou assim.
Perguntei para um amigo se ele ainda estava trabalhando na prefeitura, já que mudou a política da cidade. Daí ele me respondeu: “Não.” E concluiu o assunto. Fiquei pensando…
Se a pergunta fosse feita para mim, eu teria dito:
- Não, mas já tenho outra coisa em vista. O que não posso ficar é sem fazer nada… Ou:
- Não, mas afinal quem quer trabalhar com esse prefeito, né? Vou procurar minha turma… Ou:
- Sim, afinal sou funcionária efetiva. Trocam-se os prefeitos, mas os concursados permanecem…
Sei lá! Eu diria qualquer coisa assim, mas jamais um conclusivo “não”!
Não que eu discorde do jeito do meu amigo ser. Cada um é cada um. Mas ali naquela parte da conversa, tive a real dimensão que sou boa de papo… Ou transparente demais!
Sou daquelas que se me perguntam se está tudo bem, conto logo que vou me submeter à uma cirurgia no próximo dia vinte e quatro. E ainda peço para torcer pelo meu sucesso e pelo restabelecimento da saúde! Simplesmente responder: “tudo!” não tem a ver com o meu jeito de ser.
No fundo, penso que as pessoas devem interagir mais, em relacionamentos de melhor qualidade. Vivemos numa sociedade de muros e portas fechadas. As cadeiras saíram das calçadas e não se conversa mais à luz da Lua.
É preciso que nos preocupemos mais com o outro. Ouvir o outro. Se colocar à disposição. Falar de si, promover a troca. Praticar a partilha. Dar e receber atenção.
O mundo está sombrio e acinzentado.
Sorrir mais, olhar no olho, se importar e, realmente, fazer a diferença na vida de alguém. Para isso existem os amigos.
E eu estou aqui. Conte comigo.
De verdade.
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