Sinto muito por quem vive de amarguras... Mais do que fazer sofrer, sofre.
Facilmente se reconhece o amargurado; basta desviar o olhar para o alto. Por cima da sua cabeça, há uma nuvenzinha escura, com chuva permanente... De vez em quando há raios refletidos em seu olhar e trovões em suas palavras.
Pobre infeliz! Aquele que não vê a luz, não tem como irradiar alegria. Não vê que lhe brilha o sol. É cego por circunstância!
O amargurado vê pedras no seu caminho. Todas aquelas que não há. Vê dias nublados e tardes frias em pleno verão. Detesta chocolates, flores e crianças. Vive de graxa, de estrume, de barro mole a afundar-lhe os pés. (Embora nada disso, concretamente, exista...)
É digno de pena. Talvez tenha sido formado por uma sucessão de decepções ou colecionado infortúnios. O mau temperamento também contribui... Desistiu. Entregou-se. Resolveu viver na própria sombra.
Melhor benzer-se se cruzar o seu caminho. Melhor ainda é afastar-se. Se bobear, suga-lhe as forças. Rouba-lhe a alma…
Ou, quem sabe, não? Pode ser que um bom aconchego lhe seja a cura. Há quem diga que amar cura qualquer amargura...
Só que eu não pago pra ver. Amargura demais é doença. Recomendo a ajuda de um profissional.
Aliás, por coincidência, hoje é o Dia do Psicólogo. Parabéns para essa categoria que consegue tornar o nosso mundo melhor, tornando-o mais saudável!
" Não há despertar da consciência sem dor. As pessoas farão de tudo, chegando aos limites do absurdo para evitar enfrentar sua própria alma. Ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz, mas sim por tornar consciente a escuridão." (Carl Gustav Jung)
(Agradecimentos especiais a Lorena Nunes. Duas cabeças sempre pensam melhor do que uma!)
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