segunda-feira, 4 de agosto de 2014

No Dia do Padre, o meu pedido

Foto: NILTON FUKUDA/AE

Nasci numa família católica. Cresci na predominância desta fé.

Mais tarde, por trabalhar num colégio católico, acabei estreitando ainda mais meus vínculos com a religião. Participei, por três verões, de um curso em três módulos, de Iniciação Teológica, na PUC, de Belo Horizonte. Revolucionou a minha vida!

Descobri um catolicismo crítico, renovado, contextualizado, atuante, politizado. Conheci uma fé mais adulta, benevolente, aprofundada. Percebi que tinha mais a ver comigo, muito além do que eu vivenciava, frequentando apenas as missas dos domingos.

Tornei-me uma católica mais crítica e, menos adaptada, à minha realidade…

Em Belo Horizonte, conheci padres e bispos fantásticos! Daqueles que a gente sente prazer em ouvir, por horas, sem cansar. Como professores, inteligentes, sempre bem humorados e cultos. Grandes e inesquecíveis mestres. Verdadeiros pescadores de homens.

No Dia do Padre, quero lembrar com carinho desses que foram meus mestres por três verões, mas que mudaram o meu jeito de viver e pensar a Igreja. Pois é essa uma de suas principais funções: arrecadar mais ovelhas para o seu rebanho. Resgataram uma, razoavelmente, afastada.

Queria também fazer um pedido para você, que é padre, e anda esquecido dos exemplos deixados pelo nosso grande Mestre Jesus:

Seja mais humilde e apaixonado pela missão que você escolheu!

Ouça mais. Olhe seus párocos nos olhos. Dê-lhes atenção. Ofereça respostas para seus questionamentos. Fale mais baixo. Deus não é surdo… Mas, principalmente, dê-lhes motivos para querer voltar!

Quando a missa termina, precisamos nos sentir saciados, emocionados, cheios do Espírito Santo de Deus… Renovados!

É preciso que haja todo um contexto envolvente. E que cada palavra pronunciada por você, Padre, seja verdadeira! E cada gesto, cada sorriso e cada olhar seja de Amor! Você é o principal representante de Deus em cada Igreja, em cada paróquia, em cada comunidade… É preciso que dê certo. Ele conta com isso.

Nada de missas que a gente sinta a nítida sensação que o sacerdote apenas bateu o cartão de ponto… E nada mais.

Está feito o meu pedido, de coração.

Parabéns para os verdadeiros discípulos de Jesus, especialmente, para aqueles que calçam sandálias e vivem a simplicidade franciscana!

Paz e bem!

renúncia

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