Esclarecimentos sobre a Greve Geral prevista para 11 de julho

(Por Maurício Abdalla)

“Cuidado com o que se lê na internet. A contra-informação é a maior inimiga da ação consciente. Por isso, passo aos que me leem, alguns esclarecimentos.

- A greve geral NÃO é de apoio ao Governo. Tem uma pauta de reivindicações que não é genérica e expressa as bandeiras históricas e conjunturais dos movimentos sociais (sindical e popular);

- Não é só a CUT que está convocando, mas o conjunto das centrais sindicais e inúmeros movimentos da sociedade civil organizada. Muitas entidades que convocam e apoiam são de OPOSIÇÃO ao Governo, mas a fazem na luta social e não por meio de oportunismos eleitoreiros;

- A intenção é dar concreticidade à insatisfação popular e canalizá-la para as reivindicações concretas dos trabalhadores, fugindo das bandeiras genéricas e oportunistas da oposição dos partidos de direita e da mídia;

- Há grupos políticos e sociais que querem desvirtuar a greve geral e fazer
manifestações paralelas com uma pauta meramente eleitoral. Por isso lançam boatos e mentem a respeito do caráter da greve geral, dizendo, entre outras coisas que são de apoio ao Governo. Cuidado ao embarcarem nas manifestações paralelas. A repulsa ao movimento sindical organizado sempre foi característica das elites brasileiras e internacionais que nunca estiveram do lado da maioria da população;

- Só a mente doentia e confusa de quem não acompanha as lutas sociais pode achar que manifestações organizadas por sindicatos e movimentos populares são de apoio ao Governo, pois a cabeça dos reacionários não consegue ver a contradição das lutas sociais e identifica (anacronicamente) tudo com o PT e a CUT. Não percebe o andar da história, pois só a vê pelos meios de comunicação tradicionais.

- As disputas em torno da greve geral do dia onze revelam que o conflito não é entre “sociedade x políticos” (como a mídia nos quer fazer crer), mas interno à própria sociedade. Há os que temem as reformas agrária e urbana, os que não querem deixar o povo se manifestar, os que não querem a redução da jornada de trabalho, etc. Por isso querem apenas participar de um “fora Dilma” eleitoreiro e não político no sentido amplo. Temos que travar essa luta social que se reflete na política institucional.

- De minha humilde posição, convoco a todos(as) para participarem das manifestações marcadas pelos movimentos sociais e evitar as ações paralelas.

DIA 11 DE JULHO É DIA DE LUTA.”

“Que o dia nasça lindo pra todo mundo amanhã. Com um Brasil novo, com uma rapaziada esperta! Valeu…” (Cazuza)