Gente de bem com a vida

Gosto de gente que tem o bom hábito de estar sempre de bem com a vida!

Problemas todo mundo tem. A diferença está em como lidamos com eles, a forma com que encaramos as adversidades!

Tem uma pedra no meio do nosso caminho. Tropeçamos. Ou damos uma topada. Talvez machuquemos o dedão. Um palavrão bem aplicado ou um grito de dor cabem na situação. Mas para por aí. Passar o resto do dia amaldiçoando a pedra que havia no meio do caminho não dá! É preciso seguir a diante. Afinal lá na frente haverá outra pedra, e mais outra, e mais outra. Já pensou passar a vida toda se lamentando? Pior é que tem gente que é, exatamente, assim.

Pessoas que vivem reclamando e só vendo o lado negativo das coisas perdem tempo de vida. Para que ser infeliz, se podemos ser felizes? Sempre existirão pedras no caminho, mas com o tempo aprendemos a contorná-las ou evitá-las. Isso se chama experiência de vida.

Gente pra cima, de bem com a vida, prefere colecionar pequenas vitórias e conquistas. Prefere distribuir sorrisos. Prefere estender a mão. São solidárias e benevolentes. Pessoas de bem com a vida não são radicais. Respeitam limites e não enchem o saco de ninguém… A gente gosta de tê-las por perto.

Algumas pessoas gostam de complicar demais a vida. Para que facilitar se podem dificultar? Costumam dramatizar, polemizar, criar clima! Um desperdício de tempo que não se explica. A vida é tão curtinha!!!

Procuro ver o mundo de um modo bem simples. É o que é, pode o que pode, luto pelo que vale a pena.  Já aprendi a não desperdiçar energia. Não dou indiretas. Falo na cara. Coloco na mesa. Resolvo e pronto. É vida que segue! E, de preferência, chuto a pedra do caminho para longe! Ou então…

“Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...”

Pedra no meio do caminho só é bem-vinda no poema de Carlos Drummond de Andrade:

No meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra

Entretanto, a maior verdade aparece neste outro, de Antônio Pereira:

A pedra

O distraído, nela tropeçou,
o bruto a usou como projétil,
o empreendedor, usando-a construiu,
o campônio, cansado da lida,
dela fez assento.
Para os meninos foi brinquedo,
Drummond a poetizou,
Davi matou Golias...
Por fim;
o artista concebeu a mais bela escultura.
Em todos os casos,
a diferença não era a pedra.
Mas o homem.

E é por isso que eu vou continuar preferindo gente de bem com a vida para ter do lado! Combina mais comigo.