Não fiquei casada por muitos anos. Meu casamento durou pouco, mas foram bons anos. Poderia dizer que vivíamos bem.
Não me lembro de grandes brigas, nem de enormes dificuldades de relacionamento. Apenas uma extrema falta de dinheiro, associada à imaturidade característica da pouca idade de ambas as partes.
Entretanto, recordo-me bem de um defeito que meu ex-marido tinha e que me incomodava muito: ele não sabia a hora de parar, quando levava as coisas na brincadeira! Um humor sem limites! Fazia piadas sobre mim, sobre as nossas coisas, sobre a vida. E ria. E ria. E ria mais.
Aquele humor, na minha opinião, fora de hora, era insuportável! Nada que o amor não perdoasse e não passasse por cima, mas nem este sentimento foi capaz de segurar nossa relação. Acabou-se inesperadamente. E sem volta.
Acabei lembrando-me dessa passagem da minha vida, quando estava assistindo à reportagem especial do Fantástico, sobre o atentado em Paris. Não há santo que resista quando o humor passa dos limites do tolerável… Ainda mais quando não se é santo…
Respeito é bom e todo mundo gosta. E isso é universal. Minha mãe já dizia que muito riso é sinal de pouco sizo…
Eu tenho uma ideia diferente do que é humor inteligente. Mas pode ser que eu esteja errada!
Claro que nada justifica atos covardes de terrorismo, mas penso que, neste caso, poderia ter sido evitado.
Apenas mais uma reflexão banal…
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