Resolvi reunir os amigos, assim, em cima da hora. Nem consegui convidar todos eles, o que foi uma lástima… A geladeira precisava ser inaugurada. A causa era urgente.
Meu pai veio de véspera para ajudar com as compras pesadas. Minha avó tomou logo conta da cozinha (o que me deixou sem palavras para agradecer!). Seus doces inigualáveis poderiam ser, mais uma vez, apreciados. Tia Laura, tia Adelaide e tia Adélia viraram suas assistentes. Desta forma, pude me dedicar aos afazeres da casa, sem maiores atropelos. E ainda contei com uma ajuda inesperada: Tia Emília chegou mais cedo, para ajudar também. Ô benção! Família unida é outra coisa.
Meu avô ajudava no que podia. Comprava uma coisa aqui, outra ali. Afinal, sempre ficava um ingrediente para trás! Estava sempre a postos para o que fosse preciso. E foi. A pia da cozinha entupiu umas duas vezes! Aff!
Desenformamos os bolinhos e os banhamos na calda de açúcar. Geraldinhos prontos. E ainda os cajuzinhos, brigadeiros, bolinhas de queijo parmesão, sanduíche americano… Uma trabalheira enfiar as salsinhas cortadinhas nos palitos e, ainda, os queijos em cubinhos, pimentão… Que sacanagem!
Coca-Cola, Fanta Laranja, Guaraná Fratelli. Cuba. Leite de Onça. Batida de Limão. Tudo bem gelado. Tudo pronto e organizado a tantas mãos…
E logo, logo, foram chegando mais parentes e muitos amigos. Meus avós Stelitta e Melchiades, meus tios Wilson, Sérgio e Milton, tia Ruth, tia Tita, tia Lalai, tia Celinha, Célia Cristina, Jorge David, tia Irene, tia China e tio Gerson, tio Carlos Alberto, Seu Francisco e D. Rosa… Tantos mais…
Mas a alegria tomou conta do ambiente quando Roberto e Vânia chegaram. Cara engraçado, contador de piadas é o meu compadre Roberto! A gente vive de rir ao seu lado…
A festa foi longe. Teve música, teve dança, teve a-le-gri-a! Teve presença, teve abraço, teve com-pa-nhi-a! Porém…
Pouco a pouco, os convidados foram despedindo-se e indo embora, um a um. E eu ali, na porta, ia me despedindo de todos eles, com um longo abraço e muitos beijos.
A última a sair foi a minha avó Dora. Foi o maior de todos os abraços. Se eu pudesse não a tinha deixado ir… Mas a vida é assim, chega uma hora que todas as festas chegam ao fim! E sempre se dá o último abraço.
Esta festa, de verdade, nunca existiu. Nem mais todas estas pessoas, que tanto amo… Só saudades.
Hoje é finados.
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