Desde muito cedo fui aprendendo, na prática, a importância de se tornar independente. Com seus ônus e bônus, descobri logo logo que, para se ter as rédeas do seu destino efetivamente nas próprias mãos, só mesmo desta forma…
Vida dura. Tudo tudo muito difícil e dolorido, precisava seguir logo meu próprio rumo. E foi assim que amadureci antes da hora. Adolescência? Nem sei se tive.
Uma coisa eu bem sabia, precisava construir bases sólidas. Estudo e conhecimento são alicerces fundamentais. Ninguém lhe desapropria. Livros e tudo mais que me caiu nas mãos, devorei. Conversei, fiz amizades, distribuí currículos e sorrisos.
Ser independente pressupõe trabalhar para obter o próprio sustento. Ninguém é dono do próprio nariz, se não for dono do corpo inteiro e da comida que come, e da casa que mora, e da roupa que veste, e por aí à fora! Dá trabalho ser independente… mas compensa!
Ter seu próprio canto e ser dono do seu computador e de todas as suas senhas… não tem preço! Definir se sairá, se ficará em casa, se porá esta ou aquela roupa, se lavará a louça (que é pouca) agora ou só no dia seguinte… é bom demais! Temos que convir que ser independente tem muitas regalias.
Acho que já nasci com esta necessidade. Sabe aquelas crianças que crescem sonhando em fazer dezoito anos só para poderem aprender a dirigir? Fui eu. Louca por carros! (Mas só fui aprender com trinta e dois, porque ser independente pressupõe você assumir todas as suas despesas. E, sendo assim, não sobrou dinheiro para a auto-escola antes dessa idade...)
A verdade é que têm pessoas que valorizam mais, que outras, a busca pela sua autonomia pessoal. Vejo “adolescentes” com quase trinta vivendo na casa dos pais e muito felizes com a situação. Cômoda! Meu filho mais velho foi um destes que saiu de casa bem tarde. Talvez tenha sido porque a a história de vida dele tenha sido bem diferente da minha… Talvez. Ou não…
Tenho conhecidas que suportam a privação imposta por seus maridos para manterem seus status de “casadas”, embora sejam pateticamente infelizes. Fico imaginando o que falta para que elas chutem o balde! Talvez dinheiro. Talvez maturidade. Talvez coragem. Ou segurança. Talvez um novo amor que lhe abalem as estruturas…
Tem relacionamento que aprisiona. Tem família que aprisiona. Tem trabalho que aprisiona. Tem carência que aprisiona e não deixa a pessoa se libertar.
Hoje é o Dia da Independência. O grito do Ipiranga pronunciado por D.Pedro, nem se sabe ao certo se existiu de verdade. Aquela data, 7 de setembro de 1822, foi um marco inicial das lutas que se sucederam para tornar o Brasil, um país livre do domínio português. É assim um bom dia para também ser um marco na sua vida!
Transforme este 7 de setembro no seu dia da virada. Planeje e execute! Estude mais. Informe-se. Leia mais. Dedique-se com vontade. Construa o seu futuro com um foco mais objetivo: a sua independência! A – ti – tu – de!
A única pessoa que não irá mesmo lhe abandonar, durante toda a sua vida, é você mesmo. Pense nisso.
"Um homem não é independente a menos que tenha a coragem de estar sozinho" (Halldór Laxness)
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