Quem estudou há muitos anos atrás vai lembrar que as férias de verão eram bemmmm mais longas!
As aulas terminavam no final de novembro para quem passasse direto, e só recomeçava, para o ano letivo seguinte, em março! Pode acreditar, a gente ficava até com saudades da escola!
Você pode constatar que ficávamos no colégio, menos tempo por ano, comparando-se aos duzentos dias letivos, obrigatórios por Lei, hoje em dia. E será que aprendíamos menos? Será que tal situação tornava o ensino deficiente?
Sou suspeita para responder. Vivi aquela realidade. Época em que férias eram Férias – com “F” maiúsculo. Criança tinha tempo para ser criança e conviver com a família. Ganhávamos muito com isso. Convívio, valores, afetividade, outras experiências…
Com certeza, naquela época, as mães, em sua maioria, tinham tempo para criá-las. Eram donas de casa. Portanto, três meses de férias não causavam tanta alteração. Hoje, isso seria impensável, infelizmente...
Falta tempo para os nossos filhos. Nós, mulheres, ganhamos o mundo, mas perdemos na convivência com os nossos maiores tesouros. Sempre resta-nos o consolo de saber que podemos investir na qualidade do “estar junto”, já que perdemos em quantidade.
Para muitos alunos, hoje, reiniciaram as aulas. Para outros, como para mim, estamos na última semana das férias. Crianças e adolescentes ansiosos e cheios de expectativas. Materiais novos e limpos, em reluzentes mochilas. Ano letivo novo, esperança de vida nova. E as mães não poderiam estar mais felizes…
Ah! E quanto à qualidade do ensino de anos atrás, não tenho dúvidas. Mesmo com as variações regionais, de escola para escola e de professora para professora, os alunos aprendiam com grande eficiência.
Simplesmente por estarem, fisicamente, em uma unidade de ensino, durante duzentos dias, não é possível garantir sua aprendizagem. São necessários outros investimentos e estratégias pedagógicas. Ah, mas isso já é outra história!…
Boa sorte a todos os alunos e alunas. Em especial, ao meu Gustavo, que concluirá o Ensino Médio, neste ano.
Bora estudar, moçada!
(Sei não, mas acho que eu deveria ter sido professora em outra época. Eu iria adorar ter férias de três meses no trabalho!)
Também estudei lá. Saudades da Dona Iolanda. Luciano
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