Amor? Acredite, pode ter fim!
De repente ele acaba. Desgasta. Rompem-se os elos. Desfazem-se os laços. Vencem, os nós.
E eles nem se deram conta que as coisas terminariam assim. A tragédia se anunciava. Sinais poderiam ser percebidos com mais clareza, do que as manchas de batom, numa camisa branca... Mas, ao contrário, nunca foram vistos.
Pareciam desconhecidos. Cada um tinha a sua própria vida para viver. A casa fria acolhia um casal que, um dia, vivera um grande amor, como num filme. Não mais! As paredes testemunhavam e podiam ouvir o silêncio que existia.
Computador ligado com um dos dois, à sua frente, por horas. Circulava pelo mundo, mas não estava presente ali, naquela sala. Televisão no quarto ao lado e o outro completamente antenado, no pior da programação. Dois estranhos. Como em quilômetros, na pequena distância entre os cômodos da casa.
A troca de palavras era pouca e se restringia às necessidades domésticas. Olhares ainda, em menor quantidade. Carinho não mais.
O amor acabou e eles nem perceberam. Estavam tão distraídos com os amores do mundo! Encantados com os romances que desejariam viver... E deixaram de ser os protagonistas da sua história, para tornarem-se sombras em uma casa, que um dia foi um lar. Quando? Nem lembravam-se mais.
E agora, José? Nenhum dos dois pensava em separação... Tinham bens demais, acumulados, para serem divididos. Acreditavam ser possível transformar casamento em sociedade e, ainda, desta forma, serem felizes!
Ô vida besta.
E quem não conhece um casal assim!?!
Mas, sempre, quando uma coisa acaba, outra começa. É o ciclo da vida. Torçamos então.
Difícil ser feliz, vivendo de aparências…
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