Uma reflexão no Dia do Idoso

Existem algumas crenças, na nossa sociedade, que a gente acaba acreditando quase por imposição. Nem percebe, mas quando vê já incorporou aquelas verdades.

Uma dessas crenças é que todo idoso é bonzinho, coitadinho e bom caráter. Nem todos!

A pessoa envelhece, mas não muda, necessariamente, sua personalidade. Se não é do bem, quando novo, terá uma enorme chance de continuar do mesmo jeito, depois que ficar mais velho.

Concordo que o acúmulo de experiências pode modificar e apurar alguns comportamentos. Pode se tornar mais compreensivo, mais justo, mais paciente... Mas os traços de personalidade continuam, com o passar dos anos! Dificilmente mudam.

Existem idosos verdadeiramente tiranos, pode acreditar. A pessoa vive mais, mas parece não ter aprendido nada com o passar dos anos. E se torna muito complicado para se lidar. Se pode tornar as coisas mais difíceis, não pensam duas vezes antes de agir. Sei que não é a regra, mas também não é a exceção!

Ter cabelos brancos e pele enrugada é o caminho de todos nós, se não morrermos jovens. Faz parte do ciclo da vida. A saúde enfraquece, as doenças aparecem de todos os lados, a estatura fica menor, a pressão fica mais alta, os quilos a mais custam a abandonar os corpos, mas a personalidade, o temperamento, o caráter não melhoram, necessariamente, na mesma proporção, em que a idade avança. A idade não deixa ninguém melhor!

A gente respeita o idoso, dá a vez na fila, o lugar para sentar no transporte coletivo, porque é justo e necessário. Precisamos ser respeitosos e cumpridores da lei. 

Mas cada um é cada um, como eu, você e você. Não é a nossa idade por si que define quem somos, mas a nossa história e como a vivemos desde pequenininhos. Existem idosos maravilhosos porque sempre foram pessoas maravilhosas…

Não sei se este texto é um desabafo ou apenas para a gente ter o que pensar no Dia do Idoso.

Você decide.

E para não nos tornarmos uns chatos na terceira idade, dez bons conselhos para pormos em prática:

Os 10 Mandamentos da Terceira Idade.

“1º - Não se aposente da vida para se tornar a praga da Família.  A vida é atividade e o verdadeiro elixir da eterna juventude é o dinamismo.  Não despreze as ocupações enquanto tiver energia para as lutas cotidianas.

2º - Seja independente e preserve a sua liberdade mesmo que seja dentro de um quartinho.  Quem renuncia ao próprio lar, obriga-se a andar na ponta dos pés para evitar atritos com noras, genros, netos e outros parentes.

3º - Mantenha o governo da sua própria bolsa.  Ajude os seus filhos financeiramente, na medida das suas posses;  reserve uma parte para emergências e lembre-se que um filho ambicioso pode ser mais temível que um inimigo.

4º - Cultive a arte da amizade como se fosse uma planta rara, cercando os familiares de cuidados, como se fossem flores.  Se a sua memória estiver falhando, anote numa agenda sentimental as datas mais importantes das suas vidas e compartilhe com eles a alegria de estar presente.

5º - Cuide da sua aparência e seja o mais atraente possível.  Não seja um daqueles velhos relaxados, que exibem caspa na gola do paletó e manchas de gordura na roupa que revelam o cardápio da semana.  Nunca despreze o uso de água e sabão.

6º - Seja cordial com os seus vizinhos.  Evite implicar-se com o latido do cachorro, o miado do gato, o lixo fedorento na calçada ou o volume do rádio.  Um bom vizinho é sempre um tesouro, especialmente se os parentes morarem distantes.

7º - Cuidado com o nariz e não se intrometa na vida dos filhos adultos. Eles são seres com cérebro, coração, vontade e contam com muitos anos para cometerem os seus próprios erros.

8º - Fuja do vício mais comum da velhice, que é a "presunção".  A longa vida pode não lhe ter trazido sabedoria.  Há muitos que chegam ao fim da jornada tão ignorantes como no início dela.  Deixe que a "humildade" seja a sua marca mais forte.

9º - Os cabelos brancos não lhe dão o privilégio de ser ranzinza e inconveniente.  Lembre-se que toda paciência tem limite e que não há nada mais desagradável do que alguém desejar a sua morte.

10º - Não seja repetitivo, contando a mesma história três, quatro, cinco vezes. Quem olha só para o passado, tropeça no presente e não vê a passagem para o futuro.” (http://mais.uol.com.br)