(Imagem: Julio Sonoda)
Engana-se quem acha que as pessoas não mudam. Mudam sim! Talvez não em tudo: na essência, no temperamento, em traços de personalidade. Mas isso representa muito pouco dentro de um universo de possibilidades, especialmente de crescimento pessoal e amadurecimento. Graças a Deus!
Quando somos mais jovens e menos experientes, tendemos a ser menos compreensivos com os defeitos alheios. Menos pacientes. Com o tempo, aprendemos que ninguém é tão perfeito como gostaríamos que fosse. Muito menos nós e nossos padrões limitados de expectativas. Sempre há muito para aprender e para aperfeiçoar-se como ser humano.
As pessoas são imperfeitas. Nada santas. Ora capazes de atos heroicos, ora capazes de outros hediondos. Em cada um coexistem defeitos e virtudes em pleno andamento, ora nos influenciando para um lado, ora para outro. E, assim, vamos vivendo, tomando (merecidas) cacetadas, outras vezes ouvindo (merecidos) elogios.
Quem trabalha diretamente com pessoas, como eu, desenvolve necessariamente um certo jogo de cintura no trato com cada uma delas. Como um olhar clínico que nos dá logo um feedback de como atendê-las, do melhor jeito possível, para tratar qualquer assunto. Muitas vezes, consigo determinar o perfil de quem atendo, num simples trocar inicial de palavras ou apenas pelo seu gestual e olhar. A gente desenvolve isso na prática! Quase nunca me engano.
Precisamos partir do princípio que as pessoas têm as suas razões e precisam ser ouvidas, acolhidas, auxiliadas. Se elas perceberem esses sentimentos de forma verdadeira, de sua parte, oitenta por cento do atendimento já deu certo. A palavra chave é: empatia.
Desta forma, todos que passam por qualquer experiência diária, seja ela grande ou pequena, inusitada ou banal, seja em qualquer situação da sua vida, aprenderão alguma coisa com ela e crescerão um pouquinho. Acabei de dar um exemplo de como aprimorei, no trabalho diário, meu jeito de atender os clientes levando-me ao aperfeiçoamento profissional. Mesmo sem querer…
Felizmente viver nos retoca. Nos tornamos mais sábios e perspicazes. E, sem nos dar conta, mudamos. Mas não se iluda, cada um tem seu próprio ritmo de aprendizagem. Uns teimam em colocar amarras e não se deixar levar! Fazem força para continuar onde estão. Tenhamos paciência com esses.
Mudar faz bem. Só não muda quem já morreu. E, muitas vezes, em vida.
(Imagem: Pensador)
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