(Imagem: Reprodução)
Para mim, escrever, comer e coçar... é só começar! Difícil, certas vezes, é encontrar a inspiração. Depois que ela chega, é só alegria!
Escrevo por prazer desde novinha, ainda criança. Certa vez, ganhei um caderno grande de meia pauta, da minha avó. De um lado da página, eu inventava e escrevia histórias e, do outro, eu as ilustrava. Transformou-se no meu primeiro livro. Aliás, o único. Pena que perdeu-se no tempo.
Foi dela que herdei o gosto pelas letras, minha avó, que mesmo tendo estudado pouco (o que era costume na época), gostava muito de ler e escrevia seus poemas e algumas histórias.
Minha avó Dora também sabia contar histórias como ninguém. Algumas ela lia dos livros que comprava para mim. Outras ela mesmo inventava. Não há como negar, que mesmo não vindo de um lar de doutores, estive ao lado de alguém que sofria de amores por ler e escrever... Deu certo.
Mas o que me inspira?
Pessoas, seus sentimentos e comportamentos. Uma pessoa em especial. Minha história de vida. O cotidiano. Basicamente, são essas minhas "musas". Inspira-me o que mexe comigo; o que me diz de forma tamanha, que faz com que eu também precisa dizer... Assim nasce meu texto.
Textos encomendados não ficam tão bons. Textos delimitados também não. Textos precisam ser livres. Virem lá de dentro e tomarem forma através de palavras e outros sinais gráficos. Todos que se fizerem necessários: um ou mil.
Sempre amei escrever, mas detestava quando recebia a orientação: mínimo de dez linhas e máximo vinte, ou outra semelhante. Para meus alunos, sempre disponibilizei laudas e mais laudas, para que escrevessem. Se temos um parâmetro para cumprir, o texto já sai engavetado. Tolido. Falido.
O papel em branco é um desafio a ser encarado pelo escritor. Mas se ele ama o que faz, escrever torna-se um ato de amor. E aquele papel em branco, que era igual a milhares de outros, se tornará único e passará a ter um grande valor. Talvez inestimável. No meu caso, a tela branca do computador...
Há meia hora eu não tinha ideia sobre o quê iria escrever. Agora meu texto está pronto. Preenchi um espaço vazio com uma parte de mim. E você, leitor, está fazendo direitinho a parte que lhe cabe. Trabalho conjunto, onde ambos interagem, refletem e crescem...
Como não amar essa atividade?
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