Quando a gente chega na faculdade, um novo mundo se abre para nós. É inevitável. Independente do curso, nos defrontamos com certas “verdades” que, geralmente, pela nossa pouca experiência, nunca havíamos pensado antes… Comigo não foi diferente.
Entre tantas novidades que me chocaram bombasticamente, ao iniciar meu primeiro curso, de Comunicação Social, recém saída do Magistério (Ensino Médio), tenho uma lembrança que gostaria de compartilhar com vocês agora. Aconteceu numa aula de psicologia.
Meu professor disse, lá nas suas palavras, que tentarei resumir do meu jeito, que ninguém tem mãe. Nem pai. Temos alguém no papel de mãe, no de “sim” e alguém no papel de pai, no de “não”.
Isso gerou a maior polêmica dentro da sala, cheia de adolescentes, que costumam se apropriar das sentenças ao pé da letra! No fundo, ainda não tínhamos experiências suficientes para entendermos o que elas queriam dizer…
Naquela época, a gente se divertiu tentando contrariar o professor, afirmando que tinha mãe sim: “Ora, então quem seria aquela lá em casa??” Mas depois que o tempo passou e a vida também deu suas aulas, a lição de psicologia ficou muito mais clara…
Mãe pode não ter gerado na barriga. Mãe pode ser aquela que gera no coração. Mãe acolhe, ensina, diz sim. Mãe é o próprio sim! Muitas vezes avó é a mãe. Outras vezes a mãe é alguém que no início estava longe, disse sim, veio, assumiu e ficou. Na maioria das vezes, mãe que gera, que diz sim e permanece, dá a própria vida se for preciso…
Mãe é mesmo o sim. Não há dúvidas!
Difícil mesmo é quando a mãe precisa ser o "sim” e o “não”. Porque quando o pai, na sua negação, negou por inteiro, deixou o papel do não, nas mãos de quem também já desempenhava o papel do sim… Difícil, mas não impossível. Eu diria, doloroso. Dolorido. Doação: porque o “SIM” da mãe ficou tão grande, que coube o “não”, lá dentro, pequenino!
Mãe é mesmo a totalidade dos papéis, se preciso for!
Mãe que é mãe não foge à luta!
E, para todas elas, eu dou os parabéns!!!
Lindo texto Denise!
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