Meninos difíceis

Eles estão em toda parte. Estão na vizinhança, na rua que a gente mora, nas reuniões da família. E eles também estão na escola. São os meninos difíceis.

A democratização do Ensino trouxe todos para dentro da escola. Novos tempos. Porém com a inclusão vieram situações e problemas, com os quais ela não tem condições de lidar sozinha. Precisa de parceiros.

Qual é a função da escola? Ensinar; transmitir conhecimentos; educar; formar o cidadão… Mas como ensinar, quem não quer aprender? Quem está na escola a passeio, que não se compromete com sua própria educação, acaba atrapalhando o processo e todos perdem! Complicado.

A escola tenta cativar este aluno, seduzir, se tornar atraente, e vai inventando mil maneiras para despertar-lhe a vontade de aprender, mas… Existem coisas que não são de caráter pedagógico, mas que contam muito no desempenho escolar! Existem questões familiares, sociais, clínicas, que fogem totalmente à esfera educacional!

Muitos alunos difíceis não respeitam as regras institucionalizadas!

E a escola pública se vê amarrada. O que fazer com o aluno agressor? Com o aluno infrator? O que pratica bullyng? O valentão? Como garantir o direito dos outros bons alunos que, felizmente, são a maioria? Como garantir a qualidade da educação oferecida, neste contexto?

E aí a gente volta àquela questão inicial: qual é mesmo a função da escola?

Quem quer e precisa estudar tem que ter as condições necessárias para que esse processo se dê a contento. Os professores desejam. Os pedagogos se esforçam. A direção proporciona. As famílias suplicam.

A escola pede socorro!

Perdoem meu desabafo, mas acho isso tudo muito estranho…