domingo, 25 de fevereiro de 2018

Quando não existe aquele botão

botão(Imagem: Reprodução)

O “botão do foda-se” não existe em mim. Não tem como ligá-lo e seguir adiante…

As pessoas recomendam. Seria, sem dúvida, a melhor saída. Mas não para mim, a sensibilidade em pessoa.

As coisas acontecem, marcam-me, ferem-me. Tento lidar com elas, tirar de letra, mas, como pedrinhas no sapato, estão lá incomodando sem parar…

Lavo louça e o pensamento voa para elas. Varro a casa e estão lá, presentes, corroendo meu pensamento. Vendo o filme… Assistindo novela… Conversando com as amigas… Acontecimentos indesejáveis custam a sarar!

Mas o que pode ser assim tão gritante que incomoda tanto?

Tudo que fere, que magoa, que acontece sem explicação na vida da gente e tira o sossego. Pode ser grande e também ser pequeno, quase imperceptível, mas com um peso enorme, com consequências e desdobramentos inimagináveis. Injustiças, em geral!

A sensação de mágoa me corrói a alma. Não sei lidar bem com ela. E é uma coisa tão subjetiva, tão voltada para o nosso próprio eu, resultado das nossas experiências de vida, de uma história toda, que, nem sempre, o causador daquela dor tem a dimensão do estrago que está fazendo…

Queria que fosse um processo simples, que para encontrar a paz bastasse o acionar de um botão. Foda-se! Mas para mim é impossível. Serão horas e dias de reflexão e ruminância até o desafeto estar absorvido e o coração sarado.

Um dia acontece.

que-os-desafetos(Imagem: Reprodução)

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