Professores que acumulam mais cursos e que estão, assim, mais preparados são mesmo os melhores?
O jornal A Tribuna, do estado do Espírito Santo, afirma que sim. A reportagem especial veiculada ontem (acima), 24/2/15, comprova o que acabei de dizer. Mas eu, na minha humilde opinião, ouso discordar.
Entre os diplomas e certificados conquistados e a prática pedagógica apresentada por este professor existe muita diferença. Não se trata da causa e efeito: quanto mais, melhor! Quem dera...
Um emaranhado de variantes perpassam e influenciam na qualidade final do trabalho do docente, começando pela própria personalidade do indivíduo, sua história de vida, estímulo com a profissão, tesão por ensinar... A capacitação é apenas mais uma (importante, é claro!), que envolve competência técnica. Nada mais.
Um indivíduo pode ter a tal competência e não usá-la, consciente ou inconscientemente. Por outro lado, professores menos gabaritados tecnicamente possuem competências adquiridas por experiência na profissão e atingem seus objetivos com a mesma, ou maior, facilidade, do que os colegas mais preparados.
Só quem pode avaliar é quem acompanha o trabalho de ambos, de perto. Uma pedagoga, por exemplo, como eu... Ou os próprios alunos, seus pais, familiares… Mas é, principalmente, pelo resultado alcançado com o seu trabalho. Em outras palavras, pela aprendizagem dos seus alunos! É o óbvio.
Não podemos rotular professores em melhores ou piores, por terem mais ou menos titulações. Pior ainda, anexar à infeliz matéria uma lista das escolas, em ordem crescente, que contém os “””””melhores””””” professores! É, no mínimo, um desrespeito aos profissionais da Educação!
Eu, particularmente, estou indignada.
A teoria na prática é outra...
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