sábado, 20 de agosto de 2011

Foi a Wanda. A culpa é sempre da mãe.

morte da norma

É sempre assim. A mãe é sempre a culpada. Estava na cara. Como não percebemos?! Se deu errado, a culpa é da mãe. Se o menino foi pego em delito, alguém sempre fala: “esse moleque não tem mãe?” Se vai mal na escola, a professora logo chama: a mãe.

Nós, as mães, somos mesmo as grandes responsáveis por tudo…

Pronto, falei! E somos mesmo. Até porque, em grande parte, somos quem assumimos, de fato, a educação dos filhos… Reunião de pais na escola: presença maciça das mães. Na recepção dos hospitais e clínicas médicas, presença maciça das mães. Enfim…

Voltemos à Wanda (Insensato Coração). Amor de mãe, tão grande e cheio de culpas, que chegou à loucura. Dou a mão à palmatória. Final de suspense bem solucionado. Se não foi o filho mau-caráter-bandidão-antagonista, só poderia ser a sua mãe, já que o motivo do crime foi o mesmo: livrá-lo da prisão. Só mesmo ela poderia, num delírio de loucura, acreditar que eliminando a Norma (Glória Pires) livraria o filho de um castigo maior…

O perfil psicológico doentio, apresentado pelo Leo, deveria ter sido herdado geneticamente. E já que o pai tratava-se de um dos galãs gente boa, da novela, lógico que a patologia deveria ter vindo do lado da mãe. E, como assistimos no final, veio.

leo e mãe

Novela é ficção. Leo e Wanda não existem na vida real. Foram representados por Gabriel Braga NunesNatália do Valle, que deram, na minha opinião, um show de interpretação. Que a arte sirva para nossa reflexão e nosso crescimento!

Mãe é mesmo assim. Entrega-se. Culpa-se pelas escolhas erradas do filho. Tenta tampar o sol com a peneira. Tem sempre uma desculpa. Busca uma justificativa, até para o injustificável…

Precisamos nos policiar. Não somos nossos filhos. Fazemos a nossa parte. Apresentamo-lhes o mundo e a melhor maneira de viver dentro dele. A cada dia, aulas práticas de ética e cidadania. Regras do convívio social vivenciadas dentro de casa. Esse é o nosso papel. E tudo isso com direito a um Amor sem fim…

No mais, é só deixá-los viver a sua própria vida. Ficar sempre por perto, para impulsioná-los a seguir adiante. E jamais esquecer: nós e nossos filhos somos pessoas distintas: cada um responsável pela sua própria vida, construída dia-a-dia.

mae-e-filho

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