segunda-feira, 21 de março de 2011

Quase cinquenta.

peace

Uma coisa que, quanto mais a gente vive, mais aprende, é que nunca morrem a criança e a adolescente que existem em nós, mesmo que os anos passem... Só morrem se a gente quiser… A juventude pode perdurar eternamente!

Quando pequena, acreditava que uma mulher com cinquenta anos, necessariamente, deveria ser uma vovozinha. Um retrato de mulher idosa, com roupas discretas, óculos nos olhos e um par de agulhas tricotando, enquanto se balançava numa cadeira antiga. Simples assim era a visão que tinha de uma mulher de cinquenta.

Cresci. Os anos se passaram. E, enfim, está chegando a minha vez de soprar tantas velhinhas. As roupas não são discretas. Tenho meu estilo. Saias longas ou curtas. Nada pelos joelhos. Calças compridas ou shortes. Detesto bermudas. Ficam horríveis em mim! Óculos sim, mas bem moderninhos, com armação discreta. Cadeira de balanço? Quem dera... Não tenho tempo nem para sentar. Agulhas de tricô? Não sei nem onde são vendidas. Duvido muito que um dia eu tenha a coordenação necessária para fazê-las funcionar... E, graças ao juízo dos meus filhos, ainda não sou avó.

Sou essa mulher de hoje que está chegando aos cinquenta!

Nasci em 1961. Na época era presidente do Brasil, Jânio Quadros. Dali os anos se sucederam numa frenética passagem. Olho para trás e percebo que já vivi muitoooooooooooooo... Assim mesmo, "muito" com muita ênfase. Tanta coisa aconteceu. Tanta gente que conheci, convivi e hoje não ouço mais nem falar sobre elas... Tantos amigos que se foram. Jovens ainda, outros nem tanto.

Nas vésperas de completar esta idade tão cheia de significados, convido a passearem comigo pelas minhas memórias. Afinal é uma data especial a ser comemorada. Nos próximos dias, estarei contando passagens marcantes da minha vida. Quem sabe um dia, todas elas juntas formem a minha biografia?

Hoje lanço a ideia. Não deixem de acompanhar. Quem sabe vocês estarão presentes em algum desses episódios? Uma coisa é certa, valorizo os amigos e a passagem deles pela minha vida. Penso que cada um que passa pela vida da gente, leva um pouco de nós, mas deixa muito de si mesmo... Tenho certeza de que com vocês não foi diferente. Obrigada por fazerem parte da minha história.

Doce Deni: Comemorando os Cinquenta com vocês!

Um comentário:

  1. Quando crianaça, eu não conseguia imaginar a minha vida depois dos 25 e achava que até essa idade eu faria tantas coisas...coisas que não fiz, nem seriam possiveis.
    Talvez por isso aos 25 eu entrei em crise,como vc já disse,a criança dentro de nós existe sempre e ela me olhava aos 25 sem ter alcançado nada...não senti a passagem dos 30, nem a chegada dos 40. Agora almejo pelos 50 e imagino que quando chegar lá poderei finalmente ser mais sincera com o que acho e sinto, não vou precisar mais ficar me explicando. Então, que venha os 50,60,70,80,90!
    Aguardo ansiosa a sua reflexoes!

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