sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Acolhimento.

borboletamaos

Quem não gosta de ser bem acolhido? Todos gostamos. Temos uma necessidade íntima de sermos aceitos. Sermos recebidos de braços abertos é o que esperamos. Em qualquer situação, é muito bom chegar e receber carinho. Mas será que temos acolhido bem o outro? Será que temos sido bons anfitriões?

Receber bem não combina com “grupos fechados”. Grupos precisam ser abertos, dinâmicos, estarem em constante formação. Cada um que chega é um novo membro que fará parte do conjunto. Precisa de acolhimento.  Temos que estar atentos. Pequenos gestos podem não ser mais esquecidos, especialmente se não forem acolhedores. Mais fácil alguém esquecer um sorriso aberto do que um olhar de desdém… Coisa muito humana!

Sei que a cultura de um povo implica diretamente na forma de acolhimento. Muitos são conservadores e, até mesmo, “bairristas”. Não estão com nada! Bom é chegar, falar com todo mundo e todo mundo falar com a gente. Bom é chamar para perto. Dividir o lanche. Oferecer café. Perguntar se precisa de alguma coisa. Levar para conhecer o ambiente. Perguntar pela família. Olhar no olho. Pegar na mão. Abraçar… Ah, nada é mais acolhedor do que um abraço! Um beijo no rosto seguido de um abraço: a melhor forma de se cumprimentar…

Sou uma pessoa que deveria ser mais “endurecida”, devido a tanta coisa que já me aconteceu nessa vida. Mas não. Sou sensível e gosto de ser tratada bem. Na realidade, dou muito valor ao acolhimento. Ser bem recebida é fator essencial para que eu crie vínculo e estabeleça boas relações.

Fui criada assim. Na minha casa, cada um que chegava era um festa. Eu adorava receber visitas. Aprendi com minha avó e minha mãe. O lanche ia para mesa na hora e da cozinha vinha um delicioso cheiro de café. Se o calor era intenso, o refresco vinha com muitos cubos de gelo e era muito apetitoso. Tudo caseiro, da fruta mesmo. Felizmente, na minha época não tinha esse negócio de popa. Suco era mesmo suco natural. Nada mais acolhedor…

Visita na mesa, sorrisos, conversas. E o tempo passava assim. Quando ia embora era uma grande tristeza. Beijos, abraços e a gente ia até o portão para acenar, ao virar a esquina…

Não posso aceitar recepção de olhar atravessado. Não posso acreditar em boas-vindas, quando não se chama pra sentar junto e conversar a mesma conversa. Isso deve ter outro nome. Não é acolher.

O bom mesmo é sentir o calor do outro corpo, na hora do abraço. Se sentir refugiado e protegido no novo ambiente, que é sempre assustador. É ter guarida.

Não precisa haver palavras, mas gestos de gentileza, que servirão de sementes para uma nova amizade que pode acabar de nascer!

"Seja gentil quando for possível.... Sempre é possível".
(Dalai Lama)

4 comentários:

  1. Adorei o seu texto, no mundo de hoje nos falta gentileza e boa vontade com o próximo.

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  2. Amei seu texto, deveria ser impresso e distribuído em todas as empresas escolas do Brasil e do mundo... Ai, ai...Rsrs Como sempre leio, releio!

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  3. gosto de ser acolhida por deus primeiro e segundo pelos meus amigos e principal.acolhida por minha irma.amo ela e so nois duas

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  4. Denise... sem comentários!!! Perfeito

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