quinta-feira, 30 de junho de 2011

Como água e óleo.

água e óleo

Falta afinação, cumplicidade. Faltam afinidades, ter o mesmo jeito de pensar… Falta tanta coisa!

É como água e óleo: por mais que se misturam, não se dissolvem! Segundo a química, pode até ser uma mistura, mas não uma solução. Definição perfeita!

Pessoas também são assim.

Não adianta insistir. Fechar a porta. Forçar entrosamento. Essas coisas existem ou não.

Somos o resultado de um amontoado de coisas que nos acontece, desde antes do nosso nascimento. Chamamos isso de nossa história. Está lá nas nossas raízes. Meu sobrenome é Pazito. Isso já quer dizer alguma coisa. Mas Pazito não é o único sobrenome que tenho. E por aí vai… Todo mundo é assim. E se você só tiver um sobrenome, isso também quer dizer muita coisa! Aliás tudo em nós, diz de nós.

A astrologia nos atribui características pela data do nosso nascimento. Pelo horário, temos nosso “sígno ascendente”. Novas características. Cada pessoa tem o seu próprio “mapa astral”… Ainda existe o horóscopo chinês, a numerologia, a quiromancia e uma infinidade de conhecimentos que atribuem diferentes marcas ao indivíduo.

Nesse sentido, as diversas religiões também dão a sua contribuição na construção de valores. A perpetuação dos dogmas de fé, nas diferentes concepções teológicas e filosóficas, determinam diferentes modos de ver o mundo!

E nem falamos ainda da carga genética que trazemos, com traços próprios de personalidade, nível intelectual, habilidades motoras distintas, talentos específicos…

Escolhemos uma escola para estudar. Depois uma universidade. Uma carreira para seguir. Ou não. Nunca estudamos ou fazemos apenas o básico. Tudo, tudo isso resulta no que somos!

Se demos sorte no amor. Se quebramos a cara quarenta vezes. Se gostamos de meninos. Se temos outra orientação. Se sofremos um acidente. Se perdemos o nosso irmão. Se mudamos para outro estado. Se passamos num concurso público…

Por aí, já temos uma ideia de como as pessoas vão se tornando mais diferentes a cada dia. De repente nosso companheiro se torna um desconhecido! Ou nosso filho. Ou nossa melhor amiga. Ou fomos nós que mudamos?

Tudo nessa vida muda e muda rapidamente. E, a meu ver, é muito saudável.

Preste atenção para não parar no tempo. Evolua. Construa. Informe-se. Abra-se ao novo, porém mantenha-se!

Misture-se, mas não dissolva-se quando não valer a pena. Isso não é mesmo a solução!

Enjoying the sun

quarta-feira, 29 de junho de 2011

São Pedro.

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Hoje é dia de São Pedro! O escolhido entre os apóstolos, por Jesus, para edificar a sua Igreja.

Pedro, que antes era Simão, tornou-se o primeiro Papa da Igreja Católica.

Oração a São Pedro

“Ó glorioso São Pedro, por causa de sua vibrante e generosa fé, sincera humildade e flamejante amor, Nosso Senhor o honrou com o singular privilegio e, em especial, a liderança de toda a Sua Igreja. Obtenha para nós a graça de viver na fé, um sincero amor e lealdade à Igreja, aceitando a todos os seus ensinamentos e obedecendo a todos os seus preceitos. Deixe-nos alegrar e conseguir a paz na terra e a eterna felicidade no Paraíso. Amém!”

Para comemorar a data, o Papa Bento XVI lançou o seu perfil no Twitter:

 

“S.S. Benedicto XVI”

@benedictoxvi Vaticano

“Éste es un espacio creado por ACIPrensa.com para difundir las noticias relacionadas al Santo Padre.”

http://www.aciprensa.com

Tempos  modernos. Todo mundo tem mesmo que se conectar. Quem não se comunica…

terça-feira, 28 de junho de 2011

25 anos de “Eduardo e Monica”.

Eduardo e Mônica

Legião Urbana

(Composição: Renato Russo)

“Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?

Eduardo abriu os olhos, mas não quis se levantar
Ficou deitado e viu que horas eram
Enquanto Mônica tomava um conhaque
No outro canto da cidade, como eles disseram

Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer
E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer
Um carinha do cursinho do Eduardo que disse
"Tem uma festa legal, e a gente quer se divertir"

Festa estranha, com gente esquisita
"Eu não tô legal", não agüento mais birita"
E a Mônica riu, e quis saber um pouco mais
Sobre o boyzinho que tentava impressionar
E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa
"É quase duas, eu vou me ferrar"

Eduardo e Mônica trocaram telefone
Depois telefonaram e decidiram se encontrar
O Eduardo sugeriu uma lanchonete
Mas a Mônica queria ver o filme do Godard

Se encontraram então no parque da cidade
A Mônica de moto e o Eduardo de "camelo"
O Eduardo achou estranho, e melhor não comentar
Mas a menina tinha tinta no cabelo

Eduardo e Mônica eram nada parecidos
Ela era de Leão e ele tinha dezesseis
Ela fazia Medicina e falava alemão
E ele ainda nas aulinhas de inglês

Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus
Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud
E o Eduardo gostava de novela
E jogava futebol-de-botão com seu avô

Ela falava coisas sobre o Planalto Central
Também magia e meditação
E o Eduardo ainda tava no esquema
Escola, cinema, clube, televisão

E mesmo com tudo diferente, veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver
E os dois se encontravam todo dia
E a vontade crescia, como tinha de ser

Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia
Teatro, artesanato, e foram viajar
A Mônica explicava pro Eduardo
Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar

Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer
E decidiu trabalhar (não!)
E ela se formou no mesmo mês
Que ele passou no vestibular

E os dois comemoraram juntos
E também brigaram juntos, muitas vezes depois
E todo mundo diz que ele completa ela
E vice-versa, que nem feijão com arroz

Construíram uma casa há uns dois anos atrás
Mais ou menos quando os gêmeos vieram
Batalharam grana, seguraram legal
A barra mais pesada que tiveram

Eduardo e Mônica voltaram pra Brasília
E a nossa amizade dá saudade no verão
Só que nessas férias, não vão viajar
Porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação

E quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?”

Quem já é jovem há mais tempo, viveu o suficiente para ter conhecido esta música, que foi um grande sucesso do Legião Urbana! “Eduardo e Mônica” está completando vinte e cinco anos neste ano.

Eu, particularmente, vivi na mesma época um amor parecido.

Já tinha me separado do meu ex-marido, mãe de um garotinho, estudante universitária, professora num bom colégio… quando comecei a namorar um menino de apenas dezenove aninhos! Solteiro, morando com os pais e irmãos, estudante secundarista, sem dinheiro nem para o refrigerante… Aff!!! E precisava namorar escondido, porque ninguém podia saber daquela situação escabrosa: sete anos de diferença. Parece pouco, hoje em dia, mas naquela época era demais!

Deste modo, “Eduardo e Mônica”  é, também, outra música da trilha musical da minha vida. E tem um significado todo especial.

O namoro não seguiu adiante. Mas deixou recordações gostosas e importantes, pois foram como oásis de prazer, no meio de um período difícil e conturbado.

Para comemorar esse Dia dos Namorados, a VIVO resolveu transformar a música num clipe, que nunca tinha sido feito antes. E não há quem tenha vivido a época, que não se emocione, ao assistí-lo. Está muito bem feito e rico nos detalhes. Uma sacada genial.

A atualidade da telefonia celular e de outros recursos tecnológicos foram tão bem inseridos na história, que você é capaz de jurar que já existiam na época da música, quando foi composta por Renato Russo.

Relacionamentos conectados ontem, hoje, sempre.

Ficou show.

(Obrigada, Regina Helena, pela dica de hoje!)

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Uma música marcante.

Música

Todo mundo tem uma verdadeira trilha musical, na sua vida.

Umas pessoas têm mais músicas marcantes, outras menos. Tem gente que tem apenas uma. Outras uma coleção. Mas não conheci ninguém que não tivesse nenhuma, em especial.

Uma canção de ninar, com cheiro de leite. Uma canção antiga que a gente só recorda alguns versos, mas consegue até lembrar do cheiro da comida da avó, enquanto ela cantava, sempre que cozinhava…

A canção que embalou o primeiro amor. O primeiro beijo. A primeira fossa… A primeira eucaristia…

A primeira grande música da minha vida foi “Year of the cat”, de Al Stewart. Ano: 1977. Marcou minha entrada na adolescência, meus “anos dourados”.

Agora é com você. Escolha uma música apenas e deixe por comentário: o seu nome, quem canta ou o compositor, e o ano que fez sucesso.

Assim, vamos formar a nossa trilha DOCE DENI MUSICAL.

Participe da brincadeira!

QUAL É A MÚSICA DA SUA VIDA?

“A Escola dos Bichos”

Tive um dia daqueles!...

Segunda-feira para ninguém botar defeito. Talvez estivesse mais para “sexta-feira treze”.

Felizmente dias assim também chegam ao seu final.

Sem inspiração para escrever, compartilho um texto de Rosana Rizzuti.

cachorro estuda

A ESCOLA DOS BICHOS

Conta-se que vários bichos decidiram fundar uma escola. Para isso reuniram-se e começaram a escolher as disciplinas.

O pássaro insistiu para que houvesse aulas de vôo. O esquilo achou que a subida perpendicular em árvores era fundamental. E o coelho queria de qualquer jeito que a corrida fosse incluída.

E assim foi feito, incluíram tudo, mas cometeram um grande erro. Insistiram para que todos os bichos praticassem todos os cursos oferecidos.

O coelho foi magnífico na corrida, ninguém corria como ele. Mas queriam ensiná-lo a voar. Colocaram-no numa árvore e disseram: "Voa, coelho". Ele saltou lá de cima e "pluft"! Coitadinho! Quebrou as pernas. O coelho não aprendeu a voar e acabou sem poder correr também.

O pássaro voava como nenhum outro, mas o obrigaram a cavar buracos como uma topeira. Quebrou o bico e as asas, e depois não conseguia voar tão bem, e nem mais cavar buracos. Sabe de uma coisa?

Todos nós somos diferentes uns dos outros e cada um tem uma ou mais qualidades próprias. Não podemos exigir ou forçar para que as outras pessoas sejam parecidas conosco ou tenham nossas qualidades.

Se assim agirmos, acabaremos fazendo com que elas sofram, e no final, elas poderão não ser o que queríamos que fossem e ainda pior, elas poderão não mais fazer o que faziam bem feito.

Respeitar as diferenças é amar as pessoas como elas são”.

homem carregando pedra

Também não podemos exigir que uma só pessoa seja boa em todas as categorias: voe, corra, cave buracos, suba em árvores… E que, assim, dê conta de todas as tarefas!

Tanto na Escola dos Bichos como nas Escolas das Pessoas, cada um deve fazer a sua parte, da melhor maneira possível. A soma de todos os talentos e todas as competências é que garante a qualidade no serviço prestado!

domingo, 26 de junho de 2011

Domingo em Domingos Martins.

Domingos Martins é um município, de colonização alemã, que está localizado há apenas quarenta e três quilômetros da capital, Vitória. Fica na região serrana do estado. É tão pertinho que volta e meia estamos por lá.

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Já perdi a conta de quantos domingos passamos em Domingos Martins!

O clima agradável, a arquitetura charmosa, os habitantes receptivos e calorosos, a cidade voltada para o turismo, proporcionando variadas opções de lazer, a comida gostosa e variada e a proximidade dos grandes centros urbanos, faz com que cada dia mais, Domingos Martins se torne parada obrigatória, nos principais roteiros turísticos, de todos que vêm conhecer o Espírito Santo. E passeio obrigatório para todos que moramos aqui. Tem sempre algo para a gente fazer lá. Hoje, por exemplo, fomos em duas grandes festas!

A localidade de Paraju amanheceu coberta com os tapetes de Corpus Christi, segundo a tradição cristã. Desde cedo, uma multidão de romeiros lotou as pequenas ruas, juntando-se aos moradores da região. A missa foi realizada no campo de futebol, único lugar capaz de reunir tanta gente! Em seguida houve a procissão. A fé do povo se refletiu na beleza e singeleza dos tapetes.

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Já no centro da cidade, houve a festa da colheita, promovida pela Igreja Luterana. Começou com culto religioso em ação de graças, muita música, dança e comida farta. E ainda: brincadeiras, barraquinhas e leilão de produtos agrícolas. A praça da cidade também estava cheia!

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Dá gosto de ver, gente que sabe como levar a vida! Pessoas de todas as idades se divertindo juntas. O religioso e o profano, lado a lado, numa só caminhada. Sem ofensas, sem conflitos. Há espaço para a alegria de todos. O segredo é que há tolerância, de ambas as partes! E um interesse único: promover o seu município, e assim, todos ganham!

Parabéns ao Município de Domingos Martins, seu povo e seus governantes! Juntos, vocês são um show de administração!

Tolerância e festa são as palavras de hoje.

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(Agradecimentos a Maurício Vilela, meu amor, parceiro e repórter fotográfico.)

sábado, 25 de junho de 2011

Tolerância sempre.

Prestem bem atenção na foto abaixo, que eu mesma tirei, há poucos dias.

Ecoporanga 063

Estávamos passando por Santa Terezinha, localidade de Ecoporanga, norte do Espírito Santo, quando encontramos esta igreja, que nos chamou a atenção. Paramos para fotografar.

Você já tinha visto algo parecido? Nós também não. É claro que sabemos que a “Santa Terezinha”, a que se refere o nome na placa, é como se chama a localidade. Mas mesmo assim é um belo exemplo de tolerância religiosa. Os fiéis daquela igreja poderiam, simplesmente, não ter colocado referência alguma ao nome do local… Optaram em colocar e deram um bonito exemplo de como devem ser as coisas por aqui, no Brasil.

País construído por mãos de diferentes cores e da mistura de tantas culturas! É sim motivo de orgulho para nós, brasileiros. É como se o mundo todo estive aqui representado! Não seria diferente na hora de falarmos e vivenciarmos a nossa fé.

Desta forma, a tolerância é fundamental. O respeito as diferentes concepções religiosas está previsto na nossa Constituição Federal (Art. 5º, inciso VI) e no Código Penal Brasileiro (Art. 208). E nem precisaria. Bastaria um pouco de bom senso e humildade. Afinal, ninguém é dono da verdade absoluta!

De Colatina, agora, apresento os maus exemplos. Duas placas semelhantes, localizadas em diferentes pontos da cidade, pixadas por intolerantes religiosos. E de acordo com a Lei do país, criminosos.

Até quando cenas assim existirão nesse país de tantas cores e credos?

Ecoporanga 079

Ecoporanga 086

Termino com um outro belo exemplo, que só poderia mesmo, ter acontecido neste país!

Mensagem psicografada do espírito do Rabino Mustafá Lephet:

"O Sincretismo sempre foi visto como "interferência" ou "impureza" de uma doutrina. Olha-se com desdém um culto sincrético, como fosse resultado da incapacidade de se resolver "doutrinariamente". Vou apresentar uma outra visão do sincretismo. O sincretismo da tolerância, do respeito, da aceitação de verdades perenes. O sincretismo do amor ecumênico possível entre os homens. O sincretismo de união, de fraternidade e de aproximação. Por que encontrar novas palavras para Verdades já ensinadas? Para dividir, distinguir, discriminar e fomentar ainda mais a intolerância entre irmãos. Abençoado seja o sincretismo religioso que aproxima os irmãos numa mesma família. Não significa que haverá uma fusão de crenças e sim que será possivel ao homem compreender ao irmão que pensa, sente e ama diferente, mas na essência é e sempre será um irmão, filho do mesmo Pai, mas com personalidade própria."

Para os que cristãos, cabe lembrar que o maior exemplo de humildade e tolerância com a diferença, veio do próprio Jesus Cristo, em sua passagem pela terra!

Um dia abençoado a todos!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Viva São João!

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“Capelinha de melão é de São João
É de cravo é de rosa é de manjericão
São João está dormindo
Não acorda não !
Acordai, acordai, acordai, João!”

Doces lembranças da minha infância são trazidas nessa época das festas juninas.

Estudei na Escola Municipal Noel Rosa, em Vila Isabel, no Rio de Janeiro. Na época, dizia-se primário (corresponde aos anos iniciais do atual Ensino Fundamental) .

Todos os anos, a escola realizava sua festa junina e o clube mais próximo emprestava seu espaço para a realização do evento. Era o Grajaú Tênis Clube. E eu sempre participava com total animação. Minha avó fazia a roupa de caipira e a professora ensaiava a quadrilha! No mais era só dançar e comer gratuitamente as guloseimas que as mães preparavam e eram repartidas entre a garotada!

Hoje em dia, deve ser tudo diferente. Ou não. Festas juninas são muito tradicionais. Muda uma coisa aqui, outra ali, mas o básico é sempre o mesmo. Ainda bem! É preciso preservar a cultura popular.

De acordo com alguns historiadores, as festas juninas vieram para o Brasil, junto com os portugueses, no período colonial, mas aqui foram tomando sua identidade própria, devido a mistura de aspectos culturais de outros povos como os indígenas, os africanos e os imigrantes.

No nordeste brasileiro, elas têm maior influência na vida da sociedade. Inclusive, economicamente, são importantes porque atraem muitos turistas, aumentando os lucros da região.

Hoje é dia de São João. Um dos santos que deram origem à tradição dessas festas juninas.

24 de junho. Filho de Isabel, esposa de Zacarias e prima de Maria, mãe de Jesus. Segundo a tradição, por milagre de Deus, Isabel de Zacarias geraram um filho, quando, pela idade, já nem pensavam mais que isto acontecesse. Para a Igreja Católica, a vinda deste filho teve um significado maior, o de preparar a vinda de Cristo. O João, como foi chamado, não só anunciou e preparou a vinda do Messias, mas o batizou nas águas do rio Jordão. (http://www.portalsaofrancisco.com.br)

Importante é lembrar que muito perigosos são os fogos. Belos sim, porém capazes de fazer grandes estragos. Não justificam sua utilização por amadores e crianças. Deixem para os profissionais.

E também vale lembrar que soltar balões é crime!

No mais, a festança é boa, o friozinho está gostoso e hoje é Dia de São João, numa maravilhosa sexta-feira. Quer combinação mais favorável?

“Vamo que vamo…”

ORAÇÃO A SÃO JOÃO BATISTA

“São João Batista, voz que clama no deserto, endireitai os caminhos do Senhor, fazei penitência, porque no meio de vós está quem não conheceis e do qual eu não sou digno de desatar os cordões das sandálias, ajudai-me a fazer penitência das minhas faltas para que eu me torne digno do perdão daquele que vós anunciastes com estas palavras: "Eis o Cordeiro de Deus, eis aquele que tira os pecados do mundo". São João, pregador da penitência, rogai por nós. São João, precursor do Messias, rogai por nós. São João, alegria do povo, rogai por nós.”
Amém!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Tapetes de Santa Maria de Marechal, ES.

Hoje é o dia da festa de Corpus Christi. Tradição cristã.

Em muitas cidades brasileiras e portuguesas, é costume ornamentar as ruas, por onde passa a procissão, com tapetes coloridos e artesanais, de inspiração religiosa.

Hoje, estive em Santa Maria de Marechal, para apreciar essa beleza, que traduz a devoção e a fé do povo da região. Valeu a pena, enfrentar a estrada cheia e a chuva.

Algumas fotos, que tiramos, para vocês.

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Em Santa Maria, do outro lado da rua, também se podia ver outros tapetes criados pelo homem. Só que estes levaram um tempinho maior para serem criados. Precisaram ser semeados. Plantações de café! Verdadeiro tapete verdinho, morro acima. Lindo demais!

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O Espírito Santo é um estado cheio de belezas naturais e muito rico em aspectos culturais. Devagarzinho, vou mostrando tudo para vocês!

Ainda sobre o amor.

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Legião Urbana

Composição: Renato Russo (recortes do Apóstolo Paulo e de Camões)

Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.

É só o amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal,
Não sente inveja ou se envaidece.

O amor é o fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria.

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É um não contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder.

É um estar-se preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É um ter com quem nos mata a lealdade.
Tão contrário a si é o mesmo amor.

Estou acordado e todos dormem.
Todos dormem. Todos dormem.
Agora vejo em parte,
Mas então veremos face a face.

É só o amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade.

Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.

Só para a gente fechar o feriado pensando em quem a gente ama…

Não existe ninguém realmente perfeito. Nem você, nem eu. Pense nisso. Procure compreender mais, do que ser compreendido. Perdoar mais, do que ser perdoado. Seja o porto seguro.

Por amor, sempre valerá a pena!

Feriado nas estradas.

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Só para lembrar: sua vida é muito importante!

Tenha cuidado ao dirigir nas estradas. Feriado é assim. Todo mundo pega o carro e vai feliz a caminho do mar, da montanha, da casa dos parentes. Tão feliz que nem lembra daqueles pequenos cuidados básicos, fundamentais para garantir a sua segurança e de todos que dividem o mesmo espaço público.

Se você ainda não saiu de casa, gaste alguns minutos e dê uma lida nessas dicas abaixo, que o portal R7 preparou, para que você viaje com segurança. Pode acreditar, isto pode fazer toda a diferença!

Água
Verificar o nível de água no reservatório do sistema de arrefecimento (refrigeração) do motor e completar se estiver abaixo do recomendado. O reservatório tem uma marcação do nível ideal.
Bagagens
Evite levar muita bagagem, já que peso extra significa mais consumo de combustível e maior distância de frenagem. Coloque tudo no porta-malas, deixando os volumes mais pesados embaixo. Não deixe objetos soltos no carro, pois eles podem “voar” em manobras bruscas e ferir os ocupantes.
Bateria
A carga da bateria deve ser verificada antes de pegar a estrada e, em caso de perda de capacidade, vale a pena trocá-la.
Chuva
Com a pista molhada a atenção precisa ser redobrada. Evite pisadas bruscas no freio e procure dirigir a uma velocidade menor e com o motor mais cheio (os giros mais altos). Cuidado com as poças na estrada e, em casos de chuvas muito fortes, o ideal é encostar no primeiro posto de gasolina e esperar diminuir.
Combustível
No caso dos motores flex, o ideal é abastecer com gasolina. Isso porque, apesar de ser mais cara, a gasolina rende mais e o carro fica com maior autonomia (necessita de menos abastecimentos). Com menos paradas, você chega ao seu destino mais rápido e corre menos risco de ficar sem combustível em estradas com poucos postos de gasolina.
Horário de viagem
Sempre que possível é aconselhável evitar os horários de pico – final da tarde, começo da noite e primeiras horas da manhã. Em feriados prolongados é certeza de congestionamentos.
Crianças
É obrigatório o uso de cadeirinhas ou assentos infantis para crianças menores de sete anos e meio. Use o equipamento ideal para cada faixa etária. Menores de 12 anos somente no banco traseiro.
Documentos
Confira se você está com toda documentação em dia e que não se esqueceu de pegar o RG, a carteira de motorista e o documento do veículo.
Entretenimento
Quando há mais um adulto no carro, procure brincar com as crianças para que a viagem se torne menos cansativa para elas. Cantar músicas e contar histórias são ótimas opções, assim como jogos eletrônicos e DVDs.
Extintor de incêndio
O equipamento vencido rende multa e pode não funcionar corretamente em uma emergência. Leia as instruções de uso para saber como proceder.
Freios
Verifique o nível do fluido de freio no compartimento do motor e, em caso de falta, complete com produto que siga as especificações do manual do proprietário.
Limpador de para-brisas
Jogue água no vidro e ligue o limpador. Se a varredura (limpeza) não for uniforme, é sinal que as palhetas estão ressecadas ou desgastadas e comprometem a visibilidade. A troca é necessária.
Luzes
Cheque as lâmpadas dos faróis alto, baixo e de neblina, além das luzes dos freios e das setas de direção (pisca). Se possível, faça a regulagem do facho dos faróis, que iluminam menos e ofuscam a visão dos motoristas contrários quando estão mal regulados.
Neblina
Em caso de cerração, diminua a velocidade e acenda os faróis baixos e os de neblina (nunca utilize o farol alto, que diminui ainda mais a visibilidade). Procure uma referência no asfalto, as faixas pintadas no chão, para se manter na trajetória ideal. Só pare no acostamento em casos de extrema emergência.
Óleo
Verifique o nível do óleo e complete com o um produto de mesma especificação se necessário. Nunca utilize o carro com o óleo vencido, o que causa sérios danos ao motor.
Pneus
Verifique o estado de todos os pneus, inclusive o reserva. Faça a calibragem de acordo com a pressão recomendada no manual do proprietário. É recomendável fazer o alinhamento e balanceamento. Cheque também o triângulo, o macaco e as chaves de roda.
Prudência
A maioria dos acidentes é causada pela imprudência dos motoristas. Respeite a sinalização e as leis de trânsito, obedecendo aos limites de velocidade indicados nas placas e mantendo uma distância segura em relação ao veículo da frente.
Refeições
Procure fazer refeições leves antes de pegar a estrada. Comer demais ou ingerir comidas pesadas podem causar sonolência ou mal-estar durante a viagem. E, claro, nunca ingira bebidas alcoólicas.
Seguro
Tenha sempre à mão o número do telefone de emergência da sua seguradora e confirme se o prazo de validade do seguro não venceu.
Sono
Nunca pegue a estrada com sono. Caso a sonolência chegue durante a viagem, pare em um posto de combustível e tire uma soneca – não é o ideal, mas ajuda. Uma “piscada” mais demorada ao volante pode causar um terrível acidente.

Dicas importantes. Não custa quase nada tomar esses cuidados, se compararmos com o que pode acontecer no caso de um acidente…

No mais, é sair por aí, feliz da vida, curtindo o feriado, ao lado de uma boa companhia e uma máquina fotográfia na mão, para registrar esses bons momentos.

Seja feliz, com segurança!

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(Tapete de Corpus Christi, na localidade de Santa Maria, Município de Marechal Floriano, ES - 2011)

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Sentimentos de plantão.

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De repente somos surpreendidos com uma sensação inesperada. Pode ser um bem estar que resulta num riso espontâneo… Uma piada engraçada. Uma cena pastelão. Algo cômico que tenha nos chamado a atenção. E aí nós rimos.

Pode ser também que alguém que a gente deseje muito tenha nos retribuído a delicadeza de alguma forma. Uma sensação pra lá de boa nos invade a alma… Uma troca de olhares. Um toque na pele. Uma proximidade…

Vai que subitamente começa a tocar aquela música! E ela nos leva longe... E somos tomados por um sentimento bem conhecido. Sentimento que tem nome: s a u d a d e.

A saudade está ligada a tanta coisa! Tudo aquilo que pertenceu à vida ou à história de alguém e que, por algum motivo, ficou para trás. Dizem que saudade é a presença de uma ausência. Verdade…

De tudo que falam sobre esse sentimento, penso que bom mesmo é sentir muita saudade, porque isso mostra que tivemos uma vida cheia de emoções e de coisas que valeram a pena! Já pensou ter vivido sem ter nada para querer lembrar com carinho?

Este comercial marcou minha infância…

Lembram deste?

Todas essas recordações gostosas mexem com nossos sentimentos de plantão e logo um deles responde ao nosso chamado.

Quanto aos sentimentos ruins, melhor não falar sobre eles. Ciúmes, inveja, raiva, impaciência, desonestidade… Que fiquem adormecidos, imobilizados, enfraquecidos, desmobilizados! Afinal, tratemos de cuidar no nosso interior para que cada dia mais nos tornemos pessoas melhores, onde apenas os bons sentimentos tenham voz e vez na nossa vida.

Mas lembrem-se: não podemos descuidar. Afinal, eles também são sentimentos. E, por isso mesmo, estão sempre de plantão! Podem aparecer a qualquer momento.

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terça-feira, 21 de junho de 2011

Ah, o amor!!!

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Em matéria de amor, não há consenso.

Muita gente opinou. Curtiram no facebook. Gostaram. Criticam. Discordaram. Me abordaram para dar opinião, pessoalmente.

Um despretensioso texto, que escrevi, deu o que falar. Não foram as palavras que escolhi, nem as frases que elaborei com elas. Não foi a qualidade do texto. Nada disso. O que mexeu com as pessoas foi o assunto. Aquele assunto básico, mas que cada um sente diferentemente. Que cada um pensa do seu próprio jeito, de acordo com suas próprias experiências e história de vida…

Ah, o amor!!!

Todo mundo tem sempre algo para falar, porque tem sempre algo que ainda deseja viver. Tem algo para realizar!

O amor mexe com as pessoas. Todo mundo tem sede de amar, mas principalmente de ser amado. Fantasia de muitos; realidade de muito poucos.

A combinação perfeita, aquela famosa metade da laranja, começo a achar que não existe. A gente é que procura a combinação com metades desiguais. Metade laranja, metade limão. Metade limão, metade melancia. Metade maçã, metade carambola. A coisa é meio por aí. Não encaixa. Mas a gente finge que dá e toca a vida!

No fim, o amor resulta numa mistura de aromas e sabores… E não é mais gostoso assim? Como a soma de duas metades desiguais, o amor torna-se um desafio diário: uma conquista, um jogo ininterrupto de sedução. Fascinante e ao mesmo tempo difícílimo. Vencem os fortes e os românticos.

Ah, o amor!!!

Por mais que doa, que sufoque, que desfoque a nitidez da razão: prefiro mil vezes a louca aventura de viver um grande amor.

E que recomece a discussão.

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21 de junho.

Aproveite bem o dia, porque ele será o mais curto do ano. A noite logo chegará e será, assim, a mais longa. Este fenômeno é conhecido como solstício e acontecerá hoje, porque é hoje que começa o inverno, no hemisfério sul.

Hoje é o primeiro dia do signo de câncer. De acordo, com os alguns astrólogos os cancerianos são “intuitivos, afetivos, receptivos e imaginativos. Valorizam a família e têm grande necessidade de proteger as pessoas de quem gostam. Precisam se sentir necessários e ter um refúgio tranqüilo para conseguirem segurança emocional e auto-proteção. Possuem um caráter complexo. A vida afetiva do canceriano está vinculada à segurança e à confiança. Prefere compartilhar seus momentos a dois no aconchego do lar. Tende a lealdade e a estabilidade.”

Também hoje comemora-se o dia do skate. Trazido da Califórnia, conquistou o coração dos brasileiros e se estabeleceu por aqui. Criou raízes.

Coincidência ou não, destino traçado ou não, fruto de uma escolha ou não, neste dia específico, nasceu um menino que está deixando a infância para trás. Hoje completa quatorze anos! E por quem sou realmente apaixonada: meu filho Gustavo.

Canceriano, apaixonado por skate, praticante, e de outros esportes também, é a pessoa que veio ao mundo para dar cor especial e luz na vida de todos da família. Gustavo é mesmo muito especial. Sei não, mas acredito que sua vinda a este mundo estava escrito nas estrelas!

- Meu filho, na transparência das suas atitudes você deixa conhecer como é lindo seu coração. Você é a realização de um belo sonho de amor. Eu sei que agora esse mundo será muito melhor, porque você existe e está nele. Com a sua coragem e determinação, sei que será um vencedor. Parabéns! Feliz aniversário!!! 

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Por um amor.

Engolir em seco. Estufar o peito. Respirar bem fundo. Contar até dez. Cem. Mil…

Engolir outro sapo. Recolher as cinzas espalhadas pelo ventilador. Dançar conforme a música. Calar tudo aquilo que precisava ser dito…

Falar baixo, o essencial, ainda quando a vontade é gritar. Esquivar o olhar para que não revele a mais velada intenção.

Secar a lágrima. Sufocar o grito. Socar o travesseiro. Praguejar a sorte. Desejar a morte. E tudo isso para preservar um amor!…

Acredite, pode valer a pena!

Pelo menos você tentou.

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domingo, 19 de junho de 2011

Nós e a diabetes tipo 1.

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Por esses dias faz dois anos que fomos apresentados a esta doença: diabetes tipo 1.
 
Junho de 2009. Meu filho cada dia mais magrinho, bebendo mais água, fazendo mais xixi. Reclamava que estava com dificuldade para enxergar de longe e, quando subia as escadas do nosso edifício, chegava lá em cima muito cansado… Quando se machucava, mesmo qualquer raladinho apenas, custava para sarar, acaba inflamando e dava muito trabalho! Ninguém suspeitava, doença desconhecida, silenciosa. Chegou devagarinho e jogou a família toda no chão!
 
Dois anos depois, hoje, faço questão de abordar este assunto, com o objetivo de, não só divulgar a doença, mas também de afirmar que é possível ser feliz apesar de conviver com ela!
 
O susto é grande.
 
A diabetes tipo 1 é conhecida como infanto-juvenil. Acredita-se que algumas pessoas já nascem com essa pré-disposição genética. Tem características diferentes da tipo 2, que é a mais comum e mais conhecida. Eu mesma só vim a ter conhecimento desses dois tipos há dois anos atrás! E tive que aprender tudo em poucas horas…
Esclareço:
“O diabetes Tipo 1 (DM1) é uma doença auto-imune caracterizada pela destruição das células beta produtoras de insulina. Isso acontece por engano, porque o organismo as identifica como corpos estranhos. A sua ação é uma resposta auto-imune. A DM1 surge quando o organismo deixa de produzir insulina (ou produz apenas uma quantidade muito pequena). Quando isso acontece, é preciso tomar insulina para viver e se manter saudável. As pessoas precisam de injeções diárias de insulina para regularizar o metabolismo do açúcar. Pois, sem insulina, a glicose não consegue chegar até às células, que precisam dela para queimar e transformá-la em energia. As altas taxas de glicose acumulada no sangue, com o passar do tempo, podem afetar os olhos, rins, nervos ou coração.” (http://www.diabetes.org.br)
Nossa geladeira é magrinha. Eu e meu filho mais velho não nos privamos do açúcar, mas comemos fora de casa. Aqui respeitamos a convivência. A família toda segue as regras. A vida segue seu curso.
 
A medicação é cara, mas consigo prover com o meu trabalho. Em breve, ele mesmo terá essa responsabilidade, pois está crescendo, se desenvolvendo e o futuro já é logo ali.
 
O esporte dá o tom de alegria e equilíbrio na vida do diabético. Se faz bem a todos, em geral, para ele então é fundamental!
 
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Penso que políticas públicas para facilitar ainda mais a vida do diabético e de sua família precisam ser mais democratizadas.
 
Tentei conseguir a insulina LANTUS para meu filho na Farmácia do Estado, aqui no ES. Infelizmente não consegui, porque nos exames de sangue, que apresentei, seus níveis de glicose estavam controlados… Ora, estavam controlados, porque ele já está tomando a insulina regularmente!!! Qualquer pessoa entende isso!
 
Já que é assim, então os gastos com os medicamentos comprados pelo doente ou por seu responsável, sendo uma doença crônica, deveriam ser descontados do Imposto de Renda. Incentivos fiscais, de modo geral, deveriam ser fornecidos, como por exemplo, a retirada dos impostos dos medicamentos!
 
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O raciocínio é simples:
 
A diabetes tipo 1 acompanhará meu filho pelo resto de sua vida. Ele dependerá da insulina pelo resto de sua vida. Ora, o governo não deverá arcar com alguma parte desse custo? Será que, somente nós, a família, deveremos assumir cem por cento da responsabilidade? Então qual é mesmo a função da aplicação dos impostos???
“Nossa Constituição Federal de 1988 revolucionou a questão da saúde, estendendo o direito a saúde a todas as pessoas, impondo ao Estado a obrigação de prestar a assistência integral à saúde. O artigo 196 diz que “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação”. (http://www.oabsp.org.br)
Por fim, não gostaria de encerrar esse post sem deixar de mencionar a importância da nossa “anjinha da guarda”, no decorrer desses dois anos. 
 
Como todos os anjos, ela zela por nós e está sempre de prontidão, preparada para qualquer emergência. No nosso caso, essa anjinha se chama Elsemary Toledo da Silva e é médica endocrinologista.
 
Drª Elsemary segurou nossas mãos e nos guiou nos primeiros e mais difíceis dias. Está conosco desde então. É daquelas médicas que dá atenção total, pois compreende a amplitude do problema; daquelas que fornece o email, o número do celular e você se sente à vontade para ligar à qualquer hora! Ela atende, retorna a ligação, te orienta, acalma teu coração. Coisas que não tem preço
 
Ela foi e é nosso porto seguro. Não há palavras que expressem nossa gratidão. Mesmo assim, teimarei em dizer, sempre, muito obrigada.
 
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Doce Deni Diet

sábado, 18 de junho de 2011

Paciência.

Sábado à noite. Quase inverno. Sereno lá fora. A gente em casa sozinho. Tanto tempo para a gente ficar com a gente mesmo… Mesmo sem querer.

Lá fora a vida acontece. O mundo não pára. É preciso paciência…

Paciência!

“Será que temos esse tempo para perder?…”

Calma, é carma! Será?

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Sem querer discutir fundamentos religiosos, trilharei os caminhos do senso comum. Mas que têm coisas que a gente não entende, isso tem! É inegável! Acontecem coisas conosco que parecem previamente traçadas… E não adianta se descabelar: é como se fossem inevitáveis!

Eu teria alguns casos para contar e vocês, possivelmente, também. Os incrédulos duvidariam. Alguns diriam: mera coincidência! Mas como eu penso, sinceramente, que coincidências não existem, para mim tudo tem sim uma razão de ser, mesmo que eu não a entenda.

Dizem que dois raios não caem duas vezes no mesmo lugar, mas os cientistas já comprovaram que isso não só é possível, mas é muito provável, pois o local apresenta as condições ideais para que o fenômeno aconteça. Da mesma forma, se dão os acontecimentos na nossa vida. Atraímos certas situações uma, duas ou mais vezes.

Não damos sorte no amor. Sempre escolhemos a pessoa errada. Não conseguimos engravidar. Não encontramos um trabalho de acordo com a nossa formação acadêmica. Não temos chance naquela empresa. Não nos enxergam, por mais que sejamos competentes. Não conseguimos emagrecer. Não conseguimos comprar nosso carro. Enfim, são inúmeras situações que nos acompanham ano após ano.

Seria falta de esforço? Falta de sorte? De oportunidade? Seria, enfim, destino traçado???

Não esperem de mim as respostas. Me junto ao coro que quer saber… Apenas sou uma observadora das coisas da vida. E do que já vi, e vivi, posso dizer que nem para tudo há explicação…

Mistérios…

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Fora de foco.

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Prefiro enxergar o mundo sem os óculos. Com nitidez, percebemos os defeitos.

Não quero polemizar. Ver é sempre muito bom. Mas ver tudo tim tim por tim tim pode ser doloroso. Melhor ver meio embaçado! Daí você não vê a poeira que não tirou do móvel e não sofre com isso. Não vê o furinho da camisa surrada e não fica triste, porque não tem como comprar outra, no futuro próximo, já que anda muito apertada de dinheiro. Não vê o amarelado dos dentes e dá aquele sorrisão tão lindo mesmo assim, porque a beleza e a intesidade do sorriso vêm de dentro…

Lembro bem das últimas vezes que visitei minha avó antes dela partir. Chamou-me atenção a sujeira da cozinha. Ela que sempre fôra tão limpinha… Pequenas manchas de gorduras espalhadas pelos armários, geladeira e fogão. Mas ela estava tão feliz com a minha visita, que fomos para a cozinha e a sujamos mais ainda fazendo tantas comidas gostosas. Aproveitei, na hora de lavar a louça, e dei uma caprichada maior na limpeza da cozinha toda. Naquele dia eu não entendi. Mas hoje eu entendo. Que grande lição ela deixou para mim!

Minha avó também preferiu enxergar o mundo sem os óculos. Agora sei que, assim, ela foi muito mais feliz! Não perdeu tempo com furinhos, cisquinhos, linhazinhas, poeirinhas e manchinhas de gorduras. Teria dado muito trabalho para uma senhora idosa, que morava sozinha. O melhor foi colocar o seu melhor sorriso e esperar a neta. Em outras palavras, escolher se importar com o que realmente importa.

Sem os óculos a gente também não enxerga a imperfeição humana e acaba aceitado as pessoas do jeito que são: com os seus defeitos e não menos belas por isso. A beleza torna-se relativa. Os atos e as palavras tornam-se mais significativos do que o estético. A moda toma sentido no todo e não nos detalhes. E não há mais diferença entre o ouro puro e o dourado folheado!

Perdendo o foco, quem sabe a guerra perca o sentido e vivamos verdadeiramente em paz?

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(foto: Robert Capa)

“Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.” (Fernando Pessoa)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Quantas horas tem meu dia?

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Quem garante que o dia tem mesmo vinte e quatro horas? O meu deve ter umas trinta, pelo menos! É grande demais. Cabe coisas demais. Faço coisas demais. No final do expediente, sobra pouca coisa de mim mesma.

Bem antes das seis, as cortinas se abrem e nem clareou ainda, mas meu dia já começa. E enquanto amaldiçoo todas as roupas que se apertaram como por encanto, vou me vestindo e planejando, na pressa, as primeiras horas da manhã. Com certeza vou lembrando de coisas importantes, ao mesmo tempo que vou esquecendo de outras. Definitivamente, não cabe tanta coisa numa mente só.

E vou tomando meu remedinho e colocando a água pro café e vou separando as coisas da mala, ou melhor, da bolsa e vou penteando os cabelos e vou escovando os dentes e pegando uma fruta para o lanche e passando o café que perfuma toda a casa. Então vou acordar meu filho que vai para a escola e separo o uniforme enquanto coloco o seu café e esquento o leite e passo a manteiga no pão. Tudo simultaneamente.

Até este momento já olhei dezenove vezes para o relógio. Se não precisar ir ao banheiro, mais demoradamente, já é lucro. E pontualmente às seis e trinta estou esperando meu amor para a primeira carona do dia (Deus abençoe todos aqueles que me oferecem e proporcionam carona de bom grado, pois eles são importantíssimos na minha vida!)

Daí saio de um município e vou trabalhar em outro. Pontualmente às sete horas bate o sinal e a aula começa. Pularei essa parte, pois felizmente na escola cada dia é único. Nunca um dia é igual ao outro. E isso é maravilhoso. Almoço e em seguida outra escola me aguarda. A função é um pouco diferente, mas é igualmente apaixonante.

O que aquece meu coração e renova o ânimo é que trabalho com o que gosto. Assim, me realizo profissionalmente. Mas que o dia-a-dia é pauleira, isso é. Um corre-corre danado para dar conta de tantas demandas. Afinal quando chego em casa é uma nova jornada que se inicia: a de mãe e dona de casa. Vou pular os detalhes para não estragar meu humor…

E olha que nem falei da parte em que páro para escrever… Da hora em que a Deni vira doce. Tem que respirar fundo; a cabeça fervilha com tantas informações, tantos pensamentos querendo tomar rumos diferentes… Faço a seleção. Deixo vir a inspiração. Solto a imaginação. E escrevo para vocês!

Apesar da atribulação e do dia cheio, o pouco que sobrou de mim é uma pessoa feliz!

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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Elegância.

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“Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam, nas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas, nas pessoas que evitam assuntos constrangedores, porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante você fazer algo por alguém e este alguém jamais saber disso...
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante o silêncio, diante de uma rejeição.
Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo.
É elegante a gentileza...
Atitudes gentis, falam mais que mil imagens.
Abrir a porta para alguém... é muito elegante.
Dar o lugar para alguém sentar... é muito elegante.
Sorrir sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma...
Olhar nos olhos ao conversar é essencialmente elegante.
Pode-se tentar capturar esta delicadeza pela observação, mas tentar imitá-la é improdutiva.
A saída é desenvolver a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que “com amigo não tem que ter estas frescuras”.
Educação enferruja por falta de uso.
E, detalhe: não é frescura.”

(Martha Medeiros)

Sempre é muito bom trazer Martha Medeiros para o nosso cantinho. Mulher inteligente e, sem dúvida, muito elegante!

Você é o exemplo.

Palavras têm força, mas como você age a partir delas faz toda a diferença!

Você pode aconselhar, mostrar o melhor caminho, dizer como se faz para chegar lá, mas se o que você pratica não estiver de acordo com o que você diz, desista! Ficarão os feitos e não os ditos.

Você e seus atos são o exemplo de seus filhos. Pense nisso.

Que mundo você está ajudando a construir com suas ações?

“Ainda que os teus passos pareçam inúteis, vai abrindo caminhos, como a água que desce cantando da montanha. Outros te seguirão...”
(Saint-Exupéry)

terça-feira, 14 de junho de 2011

Amanhã vai ser outro dia!

Toda forma de censura é condenável num país livre e democrático. Professores, pensadores, estudantes, historiadores, artistas, blogueiros, jornalistas, cidadãos brasileiros precisam ter voz e liberdade de expressão.

A cultura presente na Rede Mundial de Computadores, internet,  precisa estar disponível nas escolas. Somente seus educadores, previamente capacitados e devidamente preparados, podem e devem exercer a orientação necessária para seu uso adequado. Nenhum outro bloqueio deve existir que impeça o acesso ao conhecimento! Afinal, a escola é o espaço privilegiado para este fim.

Doce Deni foi bloqueado. Estamos todos indignados.

É proibido proibir.

Proibido proibir

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Nossa casa, nossa cara.

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A minha casa tem a minha cara e, com certeza, a dos meus filhos também. Moramos juntos. Nossa casa fala de nós! Cada simples objeto depõe sobre os nossos valores, o nosso jeito de ser e de pensar sobre a vida.

Sempre lembro da Adriana, que dizia que a casa dela era muito ecológica e se explicava: lá as aranhas viviam livres e felizes, pelos cantos das paredes... E dava, em seguida, uma gostosa gargalhada! Minha amiga, como eu, é mulher moderna, divide seu tempo entre as tarefas do lar e o trabalho fora de casa, em dupla jornada, além da educação dos filhos e aquele outro amontoado de funções, que só uma mulher conhece a listagem completa.

A casa da gente pode ter tapetes e cortinas ou nenhum dos dois. Ter janelas fechadas para não entrar poeira ou viver escancarada. Ser barulhenta ou silenciosa. Mas tem mesmo que ter um pé de chinelo largado fora do lugar. Um copo usado escondidinho ao lado do sofá. Um pacote acabado de biscoito, amassado, enfiado entre o colchão e o estrado. Uma roupa usada pendurada no canto da cadeira do quarto. A foto da bisavó quando fez oitenta anos, junto com outra maior que é da formatura do irmão. Uma flor meio empoeirada, mas tão importante que a gente reluta e acaba nunca jogando fora... Até uma toalha molhada sobre a cama por fazer! São essas coisas que provam que naquela casa mora gente de verdade.

Por mais que reclamemos dos filhos e até façamos cara feia, quando “perdemos” mais tempo colocando tudo no lugar, são essas pequenas coisas que determinam a nossa humanidade. São os nossos vínculos. É a nossa história que está sendo construída.

Um dia nossos filhos não estarão mais lá e os quartos deles estarão arrumadinhos e limpos... sem ninguém dentro! E fará eco o som da nossa voz. E nenhum chinelo sujo estará virado na porta. Será esse o preço da rapidez no dia da faxina?… Caro demais!! Prefiro as aranhas, a poeira, o amontoado de tarefas, mas a felicidade de estar viva e ter meus filhos do meu lado.

A casa é isso, o lugar gostoso que a gente cria pra viver do nosso jeito! Por isso tem que ter a cara da gente. E ser conferida e renovada dia-a-dia. Tem gente que chama isso de LAR!

(Obrigada, Domitília, por ter me encaminhado o texto “Casa Arrumada”, de Carlos Drummond de Andrade, e que acabou me inspirando para escrever o meu. Escrever é assim. Inspiração também!)