Um jeito simples de se encurtar a conversa é dizer apenas como comentário final: “É a vida…”
Atribui-se, complassivamente, a culpa de todos os infortúnios à VIDA, como se ela fosse uma instituição autônoma, dona do destino de todas as pessoas! Doce ilusão. A VIDA é a gente que faz.
Concordo que têm coisas que não dependem da nossa vontade para acontecerem. Uma topada, num dia de chuva. A xícara de café que vira na roupa, bem na hora de sair. O adeus dado por quem mais amamos. São situações que fogem ao nosso controle. Como esse louco que atirou para matar em crianças indefesas… Mas daí a dizer, ao se comentar sobre o que aconteceu – “É a vida” – é um pouco demais! Não é a vida, não. É o livre arbítrio do homem.
Dizer para si mesmo que a vida é assim, é não assumir que cada um tem as rédeas do seu próprio destino. Ou seja, cada um de nós é responsável pelas escolhas que faz, assim como suas consequências. Mas é preciso que entendamos uma coisa: as pessoas são diferentes. E é com essas diferenças que pensamos o mundo e vivemos o nosso dia-a-dia.
Quando nascemos, recebemos um nome e, de brinde, uma família. Pronto! Essa parte não é nossa escolha. É a vida. Muitos têm sorte, outros não. E assim somos lançados no mundo. Recebemos uma boa educação, ou não. Recebemos carinho de nossos pais, ou não. Cada um vive as suas próprias experiências. Gêmeos idênticos não vivem a mesma vida, por mais que tenham condições semelhantes. Um amou e foi amado. O outro foi rejeitado. Um estudou e fez a lição de casa. A professora aprovou. O outro esqueceu o caderno e ficou de castigo. Um passou a gostar mais da professora, o outro menos. Daí o interesse pelas aulas e pelo estudo seguiram caminhos diferentes… Um exemplo banal para que entendamos como as pessoas adquirem traços de personalidade, valores e pensares diferentes! Acabam por traçar caminhos diversos…
E a vida? A vida é mesmo esse conjunto de coisas que nos acontecem, dia após dia… É como o nosso respirar: calmo, no repouso e no sossego; ofegante, no cansaço e na alegria! Viver é mesmo uma aventura.
Portanto, pense melhor, antes de dizer apenas: “É a vida…” Faça valer a sua vontade. Tome o seu próprio rumo. Mesmo que aconteçam situações inesperadas, você ainda pode ser dono do seu destino. Faça a opção por aprender com elas. É o mais inteligente. Pense que a vida é uma festa. E dance. Se pisar no pé de alguém, não esqueça de pedir desculpas. É assim que devem ser os relacionamentos humanos. Afinal…
"A vida é o filme que você vê através dos seus próprios olhos. Faz pouca diferença o que está acontecendo. É como você percebe que conta." (Denis Waitley)
Sempre é tempo de recordar essa canção maravilhosa de Gonzaguinha…
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários são de responsabilidade única dos seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião do blog.