quinta-feira, 14 de abril de 2011

Café: uma história de amor!

cafe

Hoje é o Dia do Café. Posso até sentir seu cheiro. Afinal, ele vai longe…

Sou apaixonada por café. Aprendi a apreciá-lo desde bem nova. Minha avó Dora me ensinou essa paixão. O momento do café era praticamente um evento. Final de almoço. Cozinha arrumada. Só então se começava a sua preparação. Garrafa térmica nem pensar. Na água fervente, já adoçada, colocava-se o pó, com o fogo ainda ligado. A fervura subia; desligava-se o fogo. Um bule esperava, no fogo ao lado, preparado com coador de pano, em banho-maria, para conservar o calor, durante a filtração. E nessas alturas, o aroma era estonteante. A vizinhança sempre soube a nossa hora do café…

Café combina com xícara. Nunca com copo. Conserva a quentura, por mais tempo. Afinal, me perdoem os vanguardistas, mas café é mesmo um produto que, quanto mais tradicional, melhor!!! Sempre quentíssimo, feito na hora!

Café também tem que ser de boa qualidade. A melhor possível! Na minha opinião, café mal servido deveria ser crime. Café brasileiro, com certeza, é o melhor do mundo! Merece ser preparado por mãos habilidosas, caprichosas, talentosas. Nem todos sabem fazer café, muito menos, apreciá-lo!

Café puro ao acordar: quer coisa melhor do que essa? Café depois do amor: revigorante. Café para curar dor de cabeça, minha avó sempre recomendava. Café para esquentar o corpo: acaba esquentando também a alma! Café para dividir entre amigos: a conversa vai longe… Café corrido, de pé, no botequim. Café na hora do recreio. De todos os melhores cafés, de todos esses maravilhosos momentos, nenhum há de ser melhor que o dela: da minha avó Dora. Sinto muito. Pena que hoje ele só exista na minha lembrança…

Eu gosto do meu café. Repito a tradição da família. Apenas me rendi à garrafa térmica, no lugar do bule em banho-maria. Na minha casa, sempre haverá uma água posta para fervura, ao receber os amigos. Café sempre fresquinho, forte, gostoso. É assim que tem que ser. Líquido transparente, ralo e morno nunca será café. É chá! E, até que alguém me prove o contrário, tomar  chá não é costume brasileiro. Então… Viva este gostoso pretinho!!! Este sim é produto nacional!

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